quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Escola de Frankfurt



Por: Ana Lúcia Santana


 A Escola de Frankfurt nasceu no ano de 1924, em uma quinta etapa atravessada pela filosofia alemã, depois do domínio de Kant e Hegel em um primeiro momento; de Karl Marx e Friedrich Engels em seguida; posteriormente de Nietzsche; e finalmente, já no século XX, após a eclosão dos pensamentos entrelaçados do existencialismo de Heidegger, da fenomenologia de Husserl e da ontologia de Hartmann. A produção filosófica germânica permaneceu viva no Ocidente, com todo vigor, de 1850 a 1950, quando então não mais resistiu, depois de enfrentar duas Guerras Mundiais.

Ela reuniu em torno de si um círculo de filósofos e cientistas sociais de mentalidade marxista, que se uniram no fim da década de 20. Estes intelectuais cultivavam a conhecida Teoria Crítica da Sociedade. Seus principais integrantes eram Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin, Herbert Marcuse, Leo Löwenthal, Erich Fromm, Jürgen Habermas, entre outros. Esta corrente foi a responsável pela disseminação de expressões como ‘indústria cultural’ e cultura de massa.

Jurgen Habermas


A Escola de Frankfurt foi praticamente o último expoente, o derradeiro suspiro da Filosofia Alemã em seu período áureo. Ela foi criada por Félix Weil, financiador do grupo, Max Horkheimer, Theodor Adorno e Herbert Marcuse, que a princípio a administraram conjuntamente. Ernst Bloch e o psicólogo Erich Fromm acompanhavam à distância o despertar desta linha filosófica, que vem à luz justamente em um momento de agitação política e econômica vivido pela Alemanha, no auge da famosa República de Weimar. Seus membros seriam partícipes e observadores das principais mutações que convulsionariam a Europa durante a Primeira Guerra Mundial, seguida por outros movimentos subversivos, dos quais ninguém sairia impune.

Esta Escola tinha uma sede, o Instituto para Pesquisas Sociais; um mestre, Horkheimer, substituído depois por Adorno; uma doutrina que orientava suas atitudes; um modelo por eles adotado, baseado na união do materialismo marxista com a psicanálise, criada por Freud; uma receptividade constante ao pensamento de outros filósofos, tais como Schopenhauer e Nietzsche; e uma revista como porta-voz, publicada periodicamente, na qual eram impressos os textos produzidos por seus adeptos e colaboradores. O programa por eles adotado passou a ser conhecido como Teoria Crítica.

Os integrantes da Escola assistiram, surpresos e assustados, a deflagração da Revolução Russa, em 1917, o aparecimento do regime fascista, e a ascendente implantação do Nazismo na Alemanha, que culminou com um exílio forçado deste grupo, composto em grande parte por judeus, a partir de 1933. Esta mudança marcou definitivamente cada um deles, principalmente depois do suicídio de Walter Benjamin, em 1940, quando provavelmente tentava atravessar os Pireneus, temeroso de ser capturado pelos nazistas.

Walter Benjamin


Eles se tornam nômades, viajando de Genebra para Paris, então para os EUA, até se fixarem na Universidade de Columbia, em Nova York. A primeira obra produzida pelo grupo foi denominada Estudos sobre Autoridade e Família, gerada na Cidade-Luz, na qual eles questionam a real vocação da classe operária para a revolução social. Assim, eles naturalmente se distanciam dos trabalhadores, atitude que se concretiza com o lançamento do livro Dialética do Esclarecimento, lançado em 1947, em Amsterdã, que já praticamente elimina do ideário destes filósofos a expressão ‘marxismo’. Erich Fromm e Marcuse dão uma guinada teórica ao juntar os conceitos da Teoria Crítica aos ideais psicanalíticos. Marcuse, que optou por ficar nos Estados Unidos depois da volta do Instituto para o solo alemão, em 1948, foi um dos integrantes da Escola que mais receptividade encontrou para sua produção intelectual, uma vez que inspirou os movimentos pacifistas e as insurreições estudantis, fundamentais em 1968 e 1969, os quais alcançaram o auge no chamado Maio de 68.

Por outro lado, Adorno, até hoje tido como um dos filósofos mais importantes da Escola de Frankfurt, prosseguiu sua missão de transformação dialética da racionalidade do Ocidente, na sua obra Dialética Negativa. Sua morte marca a passagem para o que alguns estudiosos consideram a segunda etapa da Escola, que encontra seu principal líder em Jürgen Habermas, ex-assessor de Adorno e, posteriormente, seu crítico mais ardoroso.
Disponível em: http://www.infoescola.com/filosofia/escola-de-frankfurt/ Consultado em 24/10/2013.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

FELIZ DIA DO PROFESSOR, AGORA!



Por: Claudio Fernando Ramos, 16/10/2013. Cacau “:¬) 


A marginalização do professor tem como consequência imediata, o raquitismo intelectual de toda e qualquer moderna nação. É dominado por essa crença coletiva, que nós nos posicionamos de forma solidária aos docentes da cidade do Rio de Janeiro (professores municipais). Luta, garra, consciência, cidadania e, acima de tudo, responsabilidade social. É isso que temos visto e ouvido nas ruas... É esse o clamor popular que varre as avenidas, logradouros, becos e vielas. É por essas forças autônomas que desejamos ser sempre movidos...


Sois referência para o restante do país!

Julgamos impossível que professores sem a devida dignidade tornem-se integrais educadores! É louvável a atitude “heroica” deste ou daquele professor que, no exercício pessoal de sua função, busca e consegue, em meio a tantos percalços, transformar vidas; porém, mais do que de herois pontuais, a educação carece de políticas públicas justas, dignas e efetivas; mais do que “salvar” alguns indivíduos da famigerada ignorância, temos muito maior urgência em retirar do “fundo da caverna” uma atrasada, retrógrada e anacrônica nação.  A não humanização dos docentes reflete, necessariamente, na desumanização do discente! É nisso que cremos, é disso que falamos, é isso que defendemos! Minha admiração, respeito e solidariedade!


Feliz dia do Professor!


Atrasado?


Todo dia é o dia do conhecimento! Cacau ":¬)

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

ENEM 2012- Filosofia


Disponível em: http://umfilosofonaweb.blogspot.com.br/2012/11/enem-2012-filosofia-comentada-e.html
Questões de Filosofia do ENEM 2012, Resposta e Comentário.
Questão 1: É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade politica não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem  não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder.
MONTESQUIEU. Do Espirito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultura, 1997 (adaptado).

A) ao status de cidadania que o individuo adquire ao tomar as decisões por si mesmo.
B) ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à conformidades às leis.
C) à possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse caso, livre da submissão às leis.
D) ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é proibido, desde que ciente das consequências.
E) ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo com seus valores pessoais.

Comentário: Montesquieu (1689-1755) foi um político, filósofo e escritor francês. Reconhecido pela sua Teoria da Separação dos Poderes, atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais, sobre tudo na Europa. Essa questão faz uma ligeira referencia as ideias do Iluminismo. É acerca da forma de como os cidadãos são condicionados conforme as leis do Estado pelo ideal de liberdade. Saiba mais: O Espírito das Leis.

Questão 2:

Na França, o rei Luís XVI teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratégicas que visavam sedimentar uma determinada noção de soberania. Neste sentido, a charge apresentada demostra:

A) a humanidade do rei, pois retrata um homem comum, sem os adornos próprios à vestimenta real.
B) a unidade entre o publico e o privado, pois a figura do rei coma vestimenta real representa o publico e sem a vestimenta, o privado.
C) o vinculo entre monarquia e povo, pois leva ao conhecimento do publico a figura de um rei despretensioso e distante do poder politico.
D) o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a elegância dos trajes reais em relação aos de outros membros da corte.
E) a importância da vestimenta para a constituição simbólica do rei, pois o corpo politico adornado esconde os defeitos do corpo pessoal.

Comentário: Não só é a resposta mais completa em relação aos elementos da charge como a vaga referencia ao Absolutismo na França do séc.XVIII lembra que os monarcas buscavam passar uma imagem de si mesmo não apenas de poder e riqueza, mas também de divindade utilizando de artifícios simbólicos.
Saiba mais: Luís XVI da França (1774-1791).

Questão 3: Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seus entendimentos sem a direção de outro individuo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade e se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem, Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a vida.
KANT, I. Resposta à pergunta: O que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes,1984 (adaptado).

Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento, fundamental para a compreensão do contexto filosófico da Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado por Kant, representa:

A) a reivindicação de autonomia da capacidade racional como expressão da maioridade.
B) o exercício da racionalidade como pressuposto menor diante das verdades eternas.
C) a imposição de verdades matemáticas, com caráter objetivo, de forma heterônoma.
D) a compreensão de verdade religiosas que libertam o homem da sua falta de entendimento.
E) a emancipação da subjetividade humana de ideologias produzidas pela própria razão.

Comentário: o conceito de Esclarecimento (em alemão Aufklärung) criado por Immanuel Kant (1724-1804) filósofo prussiano, geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da Era Moderna; é um sinônimo do período Iluminista em sintonia com a Modernidade, que tinha como característica a super valorização da Razão e das Ciências.

Questão 4: Na regulação de matérias culturalmente delicadas, como, por exemplo, a linguagem oficial, currículos da educação pública, o status das Igrejas e das comunidades religiosas, as normas do direito penal (por exemplo, quanto ao aborto), mas também em assuntos menos chamativos, como, por exemplo, a posição da família e dos consórcios semelhantes ao matrimonio, a aceitação de normas de segurança ou a delimitação das esferas pública e privada - em tudo isso reflete-se amiúdes apenas o autoentendimento ético-politico de uma cultura majoritária, dominante por motivos históricos  Por causa de tais regras de uma comunidade republicana que garanta formalmente a igualdade de direitos para todos, pode eclodir um conflito movido pelas minorias desprezadas contra a cultura da maioria.
HABERMAS, J. A Inclusão do Outro: estudos de teoria politica. São Paulo. 2002.

A reivindicação dos direitos culturais das minorias, como exposto por Habermas, encontra amparo nas democracias contemporâneas, na medida em que se alcança:

A) a secessão, pela qual a minoria discriminada obter a igualdade de direitos na condição  de suas concentração espacial, num tipo de independência nacional.
B) a reunificação da sociedade que se encontra fragmentada em grupos de diferentes comunidades étnicas confissões religiosas e formas de vida, em torno da coesão de uma cultura politica nacional.
C) a coexistência das diferenças, considerando a possibilidade de o discurso de autoentendimento se submeterem ao debate público, cientes de que estarão vinculados à coerção do melhor argumento.
D) a autonomia dos indivíduos que, ao chegarem a vida adulta, tenham condições de se libertar das tradições de suas origens em nome da harmonia da politica nacional.
E) o desaparecimento de quaisquer limitações, tais como linguagem politica ou distintas convenções de comportamento, para compor a arena politica a ser compartilhada.

Comentário: Essa talvez seja a questão mais contextualizadas e avançada no que diz respeito a Filosofia no ENEM desse ano. O multiculturalismo e o valor do discurso no pensamento de Jürgen Habermas (1929) filósofo e sociólogo alemão membro da Escola de Frankfurt, que até o presente momento continua muito profícuo, publicando novos trabalhos a cada ano. Frequentemente participa de debates e atua em jornais, como cronista político; estão muito bem apresentados nessa questão.

Questão 5:
Texto I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provem de suas descendências. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os eventos são ar condensados. As nuvens formam-se a partir do ar pro filtragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo, transforma-se em pedras.
BAURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).
Texto II
Brasílio Magno, filósofo medieval, escreveu: "Deus, como criador de todas as coisas, esta no principio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos  como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha."
GILSON, E.; BOEHNER, P. Historia da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).

Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes  filósofo grego antigo, e de Brasílio, filosofo medieval, tem em comum na sua  fundamentação teorias que:

A) eram baseadas nas ciências da natureza.
B) refutavam as teorias de filósofos da religião.
C) tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
D) postulavam um principio originário para o mundo.
E) defendiam que Deus é o principio de todas as coisas.

Comentário: Essa por sua vez me pareceu a mais fácil dentre as questões de Filosofia. A busca pelo arché foi uma das primeiras investigações trabalhadas pelo homem, até hoje ela continua.

Questão 6: 
Texto I
Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez.
DESCARTES, R. Meditações Metafisicas. São Paulo: Abril Cultura, 1979.
Texto II
Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum significado, precisamos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo, Unesp, 2004 (adaptado).

Nos textos, ambos os autores se posicionaram sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume.

A) defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legitimo.
B) entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e critica.
C) são legitimas representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento.
D) concordam que conhecimento humano é impossível em relação as ideias e aos sentidos.
E) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento.

Comentário: Uma bem elaborada questão na área de epistemologia, com nível de dificuldade adequado e bem distinta sobre as posturas filosóficas de Descartes (racionalista) e Hume (ceticista).

Questão 7: Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais não escapam inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe, Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).

Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vinculo entre o seu pensamento politico e humanismo renascentista ao:

A) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidos do seu tempo.
B) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.
C) afirmar a confiança na razão autonomia como fundamento da ação humana.
D) romper com a tradição que valoriza o passado como fonte de aprendizagem.
E) redefinir a ação politica com base na unidade entre fé e razão.

Comentário: Essa questão mostra claramente o desprendimento de Maquiavel com conceitos medievais de seu tempo. Ao contrario do que todos pensam, Maquiavel não era maquiavélico, o que ele fez o analisar filosoficamente o cotidiano politico de sua época.

Questão 8: Para Platão, o que havia de verdade em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formavam-se em sua mente.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).

O texto faz referencia à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C). De acordo com o texto como Platão se situação de ante dessa relação?

A) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.
B) Privilegiando os sentidos e subordinado o conhecimento a eles.
C) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis.
D) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.
E) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.

Comentário: Essa questão assim como a de Descartes e Hume é uma questão clássica da filosofia, o embate entre sentidos e razão. Muito bem elaborada a questão, sem dificuldade extra para o candidato.

Gabarito: 1 B, 2 E, 3 A, 4 C, 5 D, 6 E, 7 C, 8 D.