Tribuna do Norte O melhor não é o fácil (filosofia existencialista de botequim)
Assuntos pertinentes a toda e qualquer forma de conhecimento humano, principalmente os de caráter filosófico-teológico-científico.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
domingo, 21 de agosto de 2011
Uma Negra mulher
Muitos jovens são belos de alguma forma, poucos, muitos poucos são interessantes de alguma maneira.
O que somos hoje, somos o tempo todo!?!? Isso é filosofia, é certo, mas é também realidade, não sei de quem, só sei... Olho para você, virtualmente neste momento, e fico pensando sobre o que serás. Se minha filosofia fizer algum sentido, serás o que és. Mas quem és? Por hora só você sabe responder a essa pergunta, amanhã muito mais pessoas o farão, só não sabemos se serão misericordiosas. Na condição de seu amigo, torço para que sejas, agora, o melhor, isso bastará para o seu amanhã. Mulher, mãe, amiga, aprendiz, realizada, feliz... Tudo isso já está presente, como substância informe, em seu eu atual. Oxalá eu possa está aqui, mesmo na condição de amigo, para ver-te triunfar sobre o trivial. És negra, mas acredite, isso faz muita ou nenhuma diferença, no teu caso, tomara faça. Abraços de quem lhe quer bem. Cacau
ZN-FILOSÓFICA: O Melhor não é o Fácil (Filosofia Existencialista ...
ZN-FILOSÓFICA: O Melhor não é o Fácil (Filosofia Existencialista ...: Autor: Claudio Fernando Ramos ( Cacau ) 21/08/2011 O mais Fácil não só não é como também não pode ser o melhor. É certo que o Melhor , vang...
O Melhor não é o Fácil (Filosofia Existencialista de Botequim)
Autor: Claudio Fernando Ramos (Cacau) 21/08/2011
O mais Fácil não só não é como também não pode ser o melhor. É certo que o Melhor, vanguardista e exímio conservador, quase sempre conta com a incompreensão das pessoas e, deve ser por isso que vem sendo tão negligenciado, ao passo que o mais Fácil desconhece essa realidade e, consequentemente, é largamente cortejado . Nesse mundo de imediatismos e ‘facilidades’, é quase sempre “melhor” e extremamente Fácil dançar conforme a música.
Com todos os avanços e conquistas do mundo pós-moderno, olho ao meu redor e constato, tomado de uma letargia inexorável, que nada mais existe para se fazer ou dizer que já não se tenha consumado... Será? Essa impressão imediata é fruto de um senso comum viciado; pondera, com forte desconfiança, m’alma.
Hoje, bem mais velho que ontem, vejo-me no caminho de todos os homens de bom senso, ou mesmo os de senso nenhum, o de fazer escolhas. Não refiro-me aquelas escolhas efêmeras, semelhante às que fazemos diariamente sobre o que vamos ou não comer, à que horas vamos ou não nos deitar etc. Mas refiro-me as escolhas permanentes: deixo a vida me levar ou posiciono-me em um dos lados da embarcação e, de remo nas mãos, tomo o rumo dos fatos que me são cabíveis?
O Fácil é ser caprichoso, possuidor de renomada galhardia, de olhar penetrante, com poucas ou nenhumas palavras e por isso extremamente sedutor. Engana não de forma vil, mas de um jeito alegre e carismático. Como um parasita silencioso, instala-se sem fazer alardes. Só com o passar do tempo, e às vezes nem isso, nota-se que carrega-se um aleijão. Mas o que fazer? Recusar essa falsa, mas alegre sedução ( a “energia” que se perde é fartamente compensada pelo prazer que se ganha)? E para quê? Para assumir a verdade presumível do Melhor? Logo ele sempre tão correto, irrepreensível, norteador, imparcial, incorruptível e talvez por isso cansativo... Este, recatado como uma virgem vitoriana, só se mostra para olhos perspicazes. Enquanto aquele, como fêmea despudorada, revela-se o tempo todo, para todo e qualquer transeunte, pouco importando as quantas andam as suas cataratas.
A juventude faz concessões, a velhice, cobranças. O Fácil é eterno adolescente, diferentemente disso, o Melhor é adulto intransigente.
Estou, como se pode perceber, diante de um dilema. Ainda não sei direito o que farei diante de tamanho problema: decidir entre as vantagens do Fácil ou a completude do Melhor. Mas, de qualquer forma, uma coisa é certa: não posso mais continuar, a exemplo da maioria, vivendo uma vida Fácil, ao mesmo tempo em que anelo, incessantemente, a conquista de uma vida Melhor. Porque nesse caso não estarei vivendo um dilema, eu serei o próprio dilema. E isso, verdadeiramente, não é o Melhor nem muito menos Fácil.
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