segunda-feira, 30 de abril de 2012

Congratulações IV


Por: Claudio Fernando Ramos Natal-RN 30/04/2012

                                            Aquiles, herói grego na guerra contra os troianos.

Tão importante quanto às ações praticadas por Aquiles, foram às motivações cultivadas em seu coração. Guiado por intenções incomuns, ousou vivenciar o conflito lembrado, que o marasmo da paz esquecida. Morrer, factualmente, pelas mãos do inconsequente Paris, depois de enfrentar o nobríssimo e valente Heitor, não significou o fim de uma vida, mas o início de uma longeva e honrosa existência; isso o moderno homem pragmático não está apto para entender. São incontáveis as narrativas, os exemplos, as referências, e as lembranças, que cercam a figura de Aquiles. Por detrás de cada  data comemorativa existem conflitos não revelados. É fato que a cada data conquistada implica, necessariamente, em algum tipo de distanciamento de outras fases vividas. E, é nesse ponto que reside um dos maiores dilemas da vida: avançar, permanecer ou, se possível for, retornar? Aquiles optou pelo primeiro dos casos, pagou o preço por isso, mas, contrariando todas as expectativas da época, recebeu a maior de todas as recompensas; recompensa essa guardada somente para aqueles que fazem da vida uma arte de viver: não ser esquecido. Que nesta data festiva, o mesmo espírito do herói grego renasça em você. E que as futuras histórias e consequentes lembranças de seus feitos aqui na terra, transcendam gerações e gerações. Parabéns e um inesquecível aniversário!  Cacau :¬)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Ética, uma santa atitude


Uma digressão sobre o ser humano e suas imorais superstições.

Por: Claudio Fernando Ramos 23/04/2012 Natal-RN


 O longo caminho que deve nos conduzir ao mundo e a vida Ideal, deve ser constantemente sedimentado por coerentes procedimentos no mundo Real. E essa atitude, antes de ser religiosa, deveria ser humana. Cacau ":¬)


Somos céleres em nos encurvarmos diante de "celebridades", "Santos" e "Deuses"; porém, somos tomados de uma inextinguível letargia quando deparamo-nos com o dever de erguer, dignificar e honrar os nossos semelhantes.

Por que é tão fácil para as pessoas dizerem que amam a Deus? Simples, ele de nada tem falta. Portanto, nunca te pedirá nada, pois nada há que já não possua; isso é fato, por mais que você tenha sido doutrinado para pensar o contrário. Cacau ":¬)


A nossa miséria reside no fato de que aqueles que criaram e nos ensinaram a crer em santos, não tinham caráter suficiente para nos ensinar os princípios fundamentais de uma vida pautada pela ação moral e ética. Jesus uma vez disse: “Os escribas e fariseus se assentaram na cadeira de Moisés, portanto, façais tudo o que ele vos disserem, mas não os imiteis, porque eles dizem mas não fazem.”. Se tivéssemos aprendido essa importante lição, a de sermos morais e éticos o tempo todo, certamente não necessitaríamos de intermediários para falar com o Divino, pouco importando se esse mediador fosse desse planeta, ou de outro satélite. De uma forma ou de outra, sua atuação, mostrar-se-ia nula. O certo é que, procedendo moral e eticamente, não precisamos contar com ilusórias ajudas transcendentais, pois que, o tempo todo, estaremos muito próximos de Deus.Crer tu isto?

Estado e Religião, mesmo separados (nos Estados laicos), utilizam-se dos mesmos ardis para controlar, subjugar e aniquilar a volição humana. De protagonistas da vida, somos reduzidos a insignificantes autômatos das mediocridades corporativas. Cacau ":¬) 



 Todos os santos adorados, andaram na terra com as mesmas limitações da maioria dos mortais, exatamente por que eram mortais; vede o caso do último papa (o polonês), que a propósito, depois de morto querem rapidamente transformá-lo em um outro santo (estive próximo dele em uma de suas ida ao Rio de Janeiro, mas não tive a chance de perguntar o que ele achava dessa possibilidade). Se eles fizeram, em função da fé e da atitude, alguma coisa significativa enquanto viveram, por que não fazemos o mesmo (a fé na vida bastaria)? Tenha fé em Deus e depois dele, fé em você mesmo. Jorge era um soldado romano da região da Capadócia, morreu por defender o seu direito de crer em Jesus Cristo, é bem provável que seu alazão não fosse tão branco assim; e até onde se sabe, no território que hoje é a atual Turquia, não havia, nem nunca houve dragões. E, para concluir, quando o homem foi à lua (no início da segunda metade do século passado), não se ouviu dizer que esse fosse um satélite habitável. Gosto das superstições folclóricas de nosso país, motivadas pelo singular sincretismo religioso dessa gente brasileira: o tupã dos índios, os orixás dos negros e o Jesus e a Maria dos brancos.  Mas não posso deixar de buscar o bom senso. E o senso deveria ser esse (ao menos para os cristãos): “Amarás ao teu Deus com toda a sua alma, de todo o seu coração, e amarás ao seu próximo como a ti mesmo. Disso resulta toda a lei e os profetas.” Se isso parece mui elevado ou extremamente fantasioso para você, não tem problema, fique com a atitude intermediária, a ética. Pode até ser que ela não seja a porta para o céu, mas, ao menos enquanto estivermos vivos, nos manterá longe do fétido cubículo denominado: inferno da desumanização.   Cacau :¬)


Vídeo I (Ética e Moral) 

Vídeo II (Ética e Moral) 

Tribuna do Norte | Salve(m) os Santos Guerreiros

Tribuna do Norte | Salve(m) os Santos Guerreiros

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Salve(m) os Santos Guerreiros


Jorge da Capadócia.



Por: Claudio Fernando Ramos 23/04/2012 Natal-RN

"Jorge sentou praça na cavalaria. E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia. Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge [...]" (Jorge Ben Jor)

Nunca fui, nem sou devoto de São Jorge; aliás, não sou devoto de santo algum. Mas, na medida em que vivo em um país onde, há séculos, o sincretismo religioso nunca saiu de moda; sinto-me à vontade para render homenagens a miríades e miríades de Santos e de Santas. Faço isso por duas razões específicas: primeiro porque não consegui ser ateu; segundo, essa você já sabe, todo dia é dia de santo!


Salve! Salve! Salve sempre, não importa muito se este ou aquele santo, esta ou aquela entidade religiosa, mas, salve desde sempre a Fé do povo no povo brasileiro!


Eu creio na luta das santas mulheres abandonadas com filhos por aqueles que deveriam ser seus companheiros por toda uma vida. Eu reverencio os santos enfermos, entregues a própria sorte em hospitais públicos nesse país de saúde combalida. Idolatro a perseverança dos santos trabalhadores, que mesmo mal remunerados (salário mínimo) e sem nenhuma expectativa de enxergarem os frutos de seu penoso trabalho, não desistem de lutar com honestidade e galhardia. Oro aos santos “Capitãs da Areia” (romance de Jorge Amado), infância delinquente, que há décadas perambulam pelas ruas das capitais com carência, violência, incertezas e medo no olhar.

 Jejuo aos santos passageiros: trabalhadores, estudantes e transeuntes, que diariamente penduram-se e expremem-se nos exíguos e sucateados transportes público do país. Elegi como padroeira a santa honestidade, santidade desconhecida por uns e abandonada por outros, que vem sendo, sistematicamente, lapidada por intocáveis gatunos que, democraticamente, se entrincheiraram nos esgotos do poder. Sinto não poder falar sobre todos os santos, como eu falei antes: são miríades. Mas eles, na condição de divindades, hão de compreendem as limitações de um reles mortal.


Como podem ver, também sou crente! Mas, a exemplo de Auguste Comte com sua religião Positivista, e de todos os outros líderes religiosos (Papas, Patriarcas, Pastores, Pais de Santos, etc.) em suas respectivas denominações, resolvi eleger as minhas próprias divindades. Em um Estado laico de direito, é legitimo que você não concorde com a santidade dos meus eleitos, mas, de uma coisa você jamais poderá discordar: esses, definitivamente, é que são os únicos e verdadeiros Guerreiros! Salve(m) o(s) Jorge(s), o(s) Pedro(s), a(s) Maria(s) e o(s) João(ões). Salve(m)! Salve(m)!


Dia 23/04/2012 dia de São Jorge. Cacau :¬)