sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

VÁRIOS ESTILOS - UM SÓ NATAL




Para as crianças - A festa do bom velhinho!
Para os festeiros - A hora e a vez da confraternização!

Para os consumistas - Presentear e ser presenteado!

Para os agregadores - Reunião familiar!

Para os humanistas - Dar e receber perdão!

Para os que têm fé - O nascimento do senhor e redentor da humanidade!

Para os pacifistas – Tempo de pensar e refletir!

Para os altruístas - Compartilhar com amigos e estranhos!

[...]



Seja qual for o seu estilo:

Que vá além dos clichês.

Que não se limite as formalidades do momento.

Que não se atenha a temporalidade das ações.

Que não se restrinja a subjetividade circunstancial das emoções.

[...]



Cremos que agindo assim, teremos todos um mesmo Natal; pouco importando o quanto, para cada um, ele possa ser diferente.



Feliz Natal! No seu estilo!



Por: Claudio Fernando Ramos, 20/12/2013. Cacau “:¬)

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

NOSSAS QUESTÕES DE FILOSOFIA (ENEM 2103)



Por: Claudio Fernando Ramos, Natal – RN 2013. Cacau “:¬)





1.(CFR) “Até onde chega o desenvolvimento das forças de produção de uma nação é indicado, com a maior clareza, pelo grau atingido pelo desenvolvimento da divisão do trabalho.”

Adaptado de: http://www.marxists.org/portugues/marx/1845/ideologia-alema-oe/cap1.htm

Sobre a divisão do trabalho ao longo dos séculos, no cerne das sociedades, qual (ais) opção (ões) faz (em) mais sentido?

 I – A separação do trabalho industrial do trabalho comercial.

II – A separação do trabalho comercial do trabalho agrícola.

III - A separação de cidade e campo e a consequente oposição dos interesses de ambos.

I é a única correta.

II é a única correta.

III é a única correta.

I e II são as únicas corretas.

I, II e III estão corretas.



2.(CFR) Para Marx, a primeira forma de propriedade é a propriedade tribal. Como, nessa fase, as relações de trabalho podem ser compreendidas?

I – Este período corresponde à fase não desenvolvida da produção.

II - Fase em que um povo se alimenta da caça e da pesca, da criação de gado ou, quando muito, da agricultura.

III – Neste período se pressupõe uma grande massa de terrenos não cultivados.

IV - A divisão do trabalho está nesta fase ainda muito pouco desenvolvida e limita-se a um prolongamento da divisão natural do trabalho existente na família.

I e II são corretas.

II e III são corretas.

III e IV são corretas.

I e IV são corretas.

I, II, III e IV são corretas.



3.(CFR) A estrutura social do período tribal, segundo Marx, limitava-se a uma extensão da família. A divisão era essa: primeiro vinham os chefes patriarcais da tribo, abaixo deles os membros da tribo, e por fim os escravos. Sobre a escravidão desse período e dos períodos seguintes, o que é correto afirmar?

I -  A escravatura estava latente nas famílias.

II – A escravidão se desenvolve gradualmente.

III - O aumento da população, das necessidades e o alargamento do intercâmbio externo (tanto por conta das guerras como do comércio de troca) contribuíram para a consolidação da escravidão entre os povos.

I é a única correta.

II é a única correta.

III é a única correta.

I e II estão corretas.

I, II e III estão corretas.



4.(CFR) “Não se sabe com certeza as razões que levaram Marx, um intelectual de muita cultura e família rica, a abraçar a causa do proletariado (operário). O certo é que ele foi o primeiro grande pensador a romper com uma longa tradição de pensadores e artistas, que sempre se inclinaram para o lado dos senhores, e a defender a emancipação dos trabalhadores. Ele dizia: ‘A cabeça dessa emancipação é a filosofia; seu coração é o proletariado’”. Sobre a filosofia de Marx assinale a opção correta.

Contrim, Gilberto. Fundamentos da filosofia: história e grandes temas – 16. Ed. reform. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2006. P. 181.

I – Sua filosofia é conhecida como: Materialismo Dialético.

II – Para Marx não é a consciência dos homens que determina o ser social. Ao contrário, é o ser social que determina a consciência.

III – Marx tem uma visão materialista da história.

I é a única correta.

II é a única correta.

III é a única correta.

I, II e III estão corretas.

II e III estão corretas.



5.(CFR) Na obra Manifesto Comunista (1848), escrito em parceria com Engels, Marx afirma que a luta de classes é o motor da história. Sobre essa luta o que pode ser dito?

I – Essa luta é travada por duas classes específicas: burgueses (donos dos meios de produção) e operários (vendedores da força de trabalho).

II – “A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de classes.”

III – “Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e aprendiz; numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta.”

IV – A Revolução Industrial, apesar da exploração inicial, garantiu direitos tais como: isonomia, isegoria e a isocracia.

I e II estão corretas.

I e III estão corretas.

I e IV estão corretas.

I, II e III estão corretas.

II, III e IV estão corretas.



6.(CFR) De acordo com Marx, o capitalismo é responsável pelo surgimento de uma classe revolucionária, o proletariado (operários), que, em virtude de suas condições de vida, deve se organizar para, no momento oportuno, fazer o que inexoravelmente deve ser feito. O que deve ser feito?

I - Uma revolução social.

II - As ações devem conduzir ao socialismo.

III - Uma revolução gloriosa.

IV - O comunismo deve ser a ultima etapa de um longo processo.

I e II estão corretas.

II e III estão corretas.

III e IV estão corretas.

I, II e IV estão corretas.

I, II, III e IV estão corretas.



Gabarito: 1 E, 2 E, 3 E, 4 D, 5 D, 6 D.
  



terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Precisamos de filosofia






Certa vez, ouvi um deputado afirmar: “O aborto deve ser legalizado porque já é praticado”. À primeira vista, pensamento verdadeiro; à segunda, uma falácia. Falácia é um pensamento falso: não é porque algo é praticado que pode ser legalizado. Fosse assim, a corrupção também poderia ser legalizada. Eis aí um exemplo do embate entre senso comum e filosofia.
Digamos que o senso comum fala a língua do deputado aí do exemplo, ao passo que a filosofia faz a análise lógica do discurso, procurando, nele, aquilo que contraria as regras básicas do pensar correto. A lógica qualifica o raciocínio são.

A filosofia, metódica e sistemática, é feita de raciocínios logicamente qualificados. Ela busca aquele sentido que possa ordenar o caos (desordem e vazio) e transformá-lo em cosmos (ordem e harmonia), fazendo com que representações, significações e compreensões conceituais da realidade fujam do absurdo e expressem a razoabilidade teórica e prática à condução da existência.
O senso comum pode ser entendido como o saber da vida o qual vamos adquirindo espontaneamente, à medida que vamos vivendo. Ele pode ter erros tanto quanto a ciência, a filosofia, as artes, o mito, a tecnologia e a teologia, pois, igual a essas outras formas de conhecimento, ele é um produto humano, falível, passível de equívocos e enganos, impropriedades e incorreções.

Dessa maneira, se o saber comum leva uma pessoa a afirmar que “porque é antigo é bom”, o filósofo dirá que antiguidade não é sinônimo de bondade. Se o senso comum afirma que o dito de um americano não tem valor, o filósofo responderá que esse é um argumento contra o homem e que isso não basta para desqualificar discursos. Lembra quando alguns diziam que não votariam em certo político porque ele era analfabeto?
De igual modo, não é porque nunca “provaram o contrário” que algo é verdadeiro (o fato de a infinitude do universo não ter sido provada não garante que o universo é finito). E não é porque um pensamento é atribuído a uma autoridade que esse pensamento é, apenas por isso, certo, verdadeiro e seguro.

Na esteira desse pensar errôneo, que a lógica corrige, está a afirmação de que se uma pessoa matou alguém ela tem de ir para a cadeia. Ora, não é sempre que o assassínio leva à prisão, caso da legítima defesa, por exemplo. Contrário a isso é o pensamento que vai do singular rumo a uma lei geral, a tal da generalização apressada: “O marido de x trai, logo todos os homens traem”.

É possível perceber a diferença entre o tal senso comum e a filosofia? O saber filosófico não aceita apressadamente conclusões tiradas após “exame de superfície” das coisas, fenômenos, acontecimentos, pessoas e relações. A filosofia busca a razão de ser de tudo pela raiz, o significado básico de tudo. O senso comum se contenta com afirmações do tipo que assegura que “manga com leite faz mal”.
O que faz mal é a não alfabetização em filosofia. Ela submete o saber da vida ao crivo da razão crítica, fazendo-nos ir além do espontaneísmo, que não dá conta de causas e consequências, e do subjetivismo, que não explica os porquês do nosso dia a dia.
É por essas e outras que precisamos de filosofia.
 



DICAS PARA ESTUDAR FILOSOFIA





Em primeiro lugar, é preciso perceber que não se pode começar o estudo da filosofia lendo os textos dos grandes filósofos, tal como não se começa a aprender atletismo competindo na maratona, nem se aprende a pintar olhando para os quadros de Picasso. É preciso ler primeiro outros livros, que nos introduzem a filosofia.



Ler para entender

Tenha em mente que ao ler filosofia, a atitude ideal é a de tentar entender um pensamento. É muito diferente de ler um jornal. A postura de leitura deve ser totalmente diferente, mais concentrada.


Debate

Filosofia é um tipo de escrita persuasiva. Em geral ao ler um texto filosófico, estamos em contato com a opinião do autor, que está tentando nos convencer de que a opinião dele é plausível.


Não dá para ter pressa

A melhor forma de entender filosofia é com doses homeopáticas. Não podemos pensar em quantidade, mas sim em profundidade. Ler uma página de um romance pode demorar um minuto. Uma folha de um livro de filosofia deve ser lida com mais calma.


Opinião do autor

Antes de começar a ler, escreva num papel os principais pontos de vista do autor. Preste atenção na estrutura do texto também. Leia primeiro o índice do livro.


Anotações

Após a pré-leitura, é hora de começar a ler. Faça anotações das partes essenciais: onde a tese principal é explicada, onde os conceitos-chaves são apresentados, onde argumentos-chaves e as razões são fornecidos.


Análise crítica

Para muitos, filosofia é sinônimo de pensamento crítico. Comece a pensar em comentários críticos e construtivos para o texto. Se o leitor ainda não possui opinião formada sobre o que leu, é necessário voltar a ler. Geralmente só se compreende um texto quando se consegue opinar sobre ele.


Pense antes de opinar

Criticismo filosófico não se conquista rapidamente. A filosofia é reflexiva. É ótimo pensar em críticas para o que leste. Mas o leitor deve refletir primeiro. O que pode parecer perfeitamente lógico de início pode parecer contraditório na segunda e terceira vez.


Empatia filosófica e autocrítica

Se uma obra filosófica está tentando convencer o leitor de algo, é necessário fazer o contrário com o autor. Depois de ter encontrado um argumento ótimo, o ideal é tentar rebatê-lo.


Leitura contínua

Ao começar a entender e a interpretar o que o autor disse, o ideal é ler novamente o texto, afinar os pensamentos e garantir que o pensamento do autor foi interpretado corretamente.


Conversar e debater ideias

Uma das melhores maneiras de aprofundar os pensamentos é discuti-lo com outras pessoas. Mas é preciso ter certeza de que a pessoa com que se vai debater é alguém que realmente entenda de filosofia.

Disponível em:http://www.aviafilosofica.org/uncategorized/dicas-para-estudar-filosofia-2/. Consultado em 12/2013.