O complexo de Édipo se caracteriza por sentimentos contraditórios de amor e hostilidade, ou seja, amor à mãe e ódio ao pai. A idéia central no Complexo de Édipo está relacionada à figura materna pelos cuidados intensivos que são dispensados ao recém-nascido, dada a sua fragilidade. Aos três anos mais ou menos a criança começa a entrar em contato com algumas interdições, ou seja, com as proibições que começam a ser impostas nessa idade. A criança começa a ser conscientizada de alguns limites, pois já esta grandinha e necessariamente tem de ser educada, passando da fase de instintos para um plano mais racional. O pai é a personagem principal do Édipo masculino, pois na primeira etapa da formação do Édipo são reconhecidos três tipos de ligações afetivas do menino: um apego desejante pela mãe considerada como objeto sexual, e, sobretudo um apego ao pai como modelo a ser imitado. O menino faz de seu pai um ideal em que ele próprio gostaria de se transformar. O vínculo com a mãe se nutre do ímpeto de um desejo, enquanto vínculo com o pai repousa num sentimento de amor produzido pela identificação com o ideal. O menino fica incomodado com a presença do pai, que barra seu impulso sexual pela mãe. O menino quer substituir o pai, e este passa a se apresentar sob duas imagens diferentes: amado como um ideal, odiado como um rival. Já no Complexo de Édipo invertido o pai é visto sobre três formas diferentes, além de amado como ideal e odiado como rival, é visto também como objeto sexual desejável. O indivíduo que não consegue fazer a passagem da ilusão de superproteção para a cultura, psicotiza, pois é no vínculo perturbado com o pai que reside a causa mais freqüente de neurose no homem adulto.
"De perto ninguém e normal". "As pessoas enlouquecem calmamente", tudo isso é negado constantemente; principalmente porque a lucidez não se reconhece enferma. Erasmo de Rotterdam há muito ironizou, de forma magistral, esse "sagrado" equilíbrio da razão em sua obra: O Elogio da Loucura, “Afirmo que nem todas as loucuras tornam igualmente infeliz o homem.”(ER). Resta-nos a apatia como possibilidade de existência em um mundo onde a senilidade, inexoravelmente, está na ordem do dia. Cacau 25/05/2011
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