Tyra Batts era a única atleta negra do time de basquete.
Praticamente todo time de basquete do colégio East Kenmore foi suspenso após entoar gritos de guerra racistas no vestiário e ofender Tyra Batts, a única atleta negra do time. As jogadoras sempre entoavam "Um, dois, três nieger" antes de deixar o vestiário (a gíria 'nieger' é extremamente ofensiva nos Estados Unidos) e continuaram a cantar mesmo com o pedido de Tyra que parassem com o costume.
Suas companheiras de time disseram que o 'grito de guerra' era uma tradição na equipe e não estavam dispostos a parar. "Eu disse que eles não estavam autorizados a a dizer essa palavra e que não gostava. Mas, eles disseram, 'você sabe que nós não somos racistas, Tyra. É apenas uma palavra, não um rótulo'. Eu estava em desvantagem",explicou Tyra Batts ao jornal local.
Contudo, o grito de guerra e as piadas de cunho racial continuaram até que Batts não aguentou e se envolveu em uma briga com uma de suas colegas de time. "Foi um misto de raiva e frustração por ter sofrido isso de toda a equipe", disse Tyra ao Buffallo News.
Por conta das regras da escola, Batts foi suspensa por seu envolvimento na briga. No entanto, quando ela revelou as razões que a levaram a brigar a sua suspensão foi reduzida. A direção da escola resolveu cancelar todas as atividades do time de basquete por uma semana. As 12 alunas que ofendiam Tyra foram suspensas e serão obrigadas a frequentar um curso de sensibilidade cultural. Apenas duas companheiras dela pediram desculpas pelos insultos. O caso tem gerado muita discussão na cidade de Kenmore, cuja população é 97% branca.
De fato, não é possível tornar a vida um paraíso, onde todos são humanos, justos, éticos e verdadeiros. Mas é nosso dever não torná-lo pior. A luta continua companheira. Valeu Zumbi!
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