(O
CLAUDICANTE FUNCIONALISMO PÚBLICO BRASILEIRO)
Por:
Claudio Fernando Ramos, 26/04/2015. Cacau “:¬)
Ao comentar a situação dos
concursos, a ministra Cármen Lúcia afirmou que, por conta do número alto de
candidatos, no Brasil, "concursos são feitos para eliminar uma vasta
gama", quando deveriam ser feitos para "selecionar os melhores".
https://br.noticias.yahoo.com/stf-decide-justi%C3%A7a-pode-rever-crit%C3%A9rios-usados-concurso-200100651.html
Essa proposição da
ministra do Supremo expõe, de forma simples, mas contundente, as vísceras dos
concursos públicos no Brasil e põe por
terra algumas teses absolutistas aventadas, com grande estardalhaço, pela
maioria dos professores de cursinhos preparatórios: “Não existe concurso
difícil, o que existe são candidatos mal preparados”; “Se houver foco,
dedicação, perseverança e disciplina chega-se a qualquer lugar”; “O céu é o
limite”; e por aí vai.
Nós, a exemplo do que
convém a todo e qualquer tipo de pensador, sempre fomos céticos quanto à
validade dessas “verdades” estrategicamente construídas pelos bem intencionados
colegas da docência.
Por fim, com todo cuidado
para não tirar a ministra do seu contexto original, ou seja, dizer que ela
disse o que nunca teve a intenção de falar, talvez, mesmo que sem querer, ela
nos tenha dado a chave de resposta para uma das perguntas que sempre nos deixou
intrigado: por que é que os serviços prestados a população pelo funcionalismo público
nacional, nas três esferas da federação, onde teoricamente deveríamos ter os
melhores quadros, é, majoritariamente, de nível C, D e E, quase nunca de níveis
A e B? Em outras palavras, são péssimos e ruins, dificilmente bons e
excelentes. Esses fatos se aplicam, sem exceções, aos médicos, professores,
bancários e a quaisquer outras categorias profissionais arroladas aos
municípios, estados e federação. Cacau ":¬)
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