Por: Claudio Fernando Ramos (Cacau) Natal-RN, outubro 2011
Na tentativa de educar o outro não devemos deseducar a nós mesmos...
Ver a face alheia quando do processo de educação, traz-nos não só o prazer da transformação, mas a dor da luta que se processa no mais intimo das pessoas, percorrendo todas as suas entranhas até chegar e eclodir em seu, nem sempre harmônico, semblante.
É, nesse campo de batalha que confrontos titânicos se desenrolam todos os dias, apesar das necessárias e gratificantes vitórias, os conflitos, tanto dos que ensinam quanto dos que aprendem, não são facilmente esvaziados.
Ao educar, o fazemos empiricamente, mas há em cada um de nós, escondido, não se sabe ao certo onde, um saber inato que nos acompanha.
Lembrar de alguém que se ajudou a educar (educador – educando)... Ser lembrado por alguém em que se deu a contribuição da educação (educando – educador)... É garantia plena que, ao final desse delicado processo, prevaleceu o humano que em nós reside.
Humanidade sempre pronta a apaziguar as tempestades iminentes em todos nós...
O Deus da sabedoria nos permitiu um mundo onde a vida educacional sobrevive (Brasil), o pão nosso é bebido com o gosto salgado do suor (salários defasados), as mesmas lágrimas que regam o sorriso, inundam a tristeza(uns seguem em frente, outros abandonam), o grito de alegria também serve a dor (aprovações, violências)...
O controle diante do desafio, transforma-se facilmente em apatia diante da necessidade (estruturas comprometidas e pessoas desmotivadas)...
Assim sendo, educando e educadores têm uma longa, dolorosa e não menos gloriosa tarefa de perseverar. Abandonar o úmido, sombrio e mal cheiroso fundo da caverna é coisa bem dolorosa para os que partem, porém, é certamente desesperador para os que ficam(mesmo que lês não percebam isso). É com e por eles que devemos travar as nossas cotidianas batalhas, que nem sempre gratificam a contento, mas que também, nem sempre frustram em absoluto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário