África, mãe solteira
Publicado na Tribuna do Norte em: 02 de Abril de 2011 às 18:42
Autor: Claudio Fernando Ramos 30/11/2009
Autor: Claudio Fernando Ramos 30/11/2009
Imagem extraída da net.
Dizem que o homem deu seus primeiros passos por aquelas bandas.
Até hoje, com toda a nossa fantástica e moderna engenharia, pasmamos ante as suas colossais pirâmides.
Reza a lenda que antes do juramento de Hipócrates, nossa mãe, conhecia, significativamente, detalhes do corpo humano (processo de mumificação dos faraós).
Anterior ao apogeu Greco-Romano, por aquelas paragens, existiu um grande império.
Foi com a velha senhora que o maior legislador Hebreu de todos os tempos (Moisés), educou-se, por uns bons quarenta anos.
Quando um desvairado déspota, conhecido na história como: Herodes; desejou por em risco a vida do filho de Deus, foi nos braços da velha negra (África), que ele, e toda a família sagrada, buscou refúgio seguro.
Dizem que o homem deu seus primeiros passos por aquelas bandas.
Até hoje, com toda a nossa fantástica e moderna engenharia, pasmamos ante as suas colossais pirâmides.
Reza a lenda que antes do juramento de Hipócrates, nossa mãe, conhecia, significativamente, detalhes do corpo humano (processo de mumificação dos faraós).
Anterior ao apogeu Greco-Romano, por aquelas paragens, existiu um grande império.
Foi com a velha senhora que o maior legislador Hebreu de todos os tempos (Moisés), educou-se, por uns bons quarenta anos.
Quando um desvairado déspota, conhecido na história como: Herodes; desejou por em risco a vida do filho de Deus, foi nos braços da velha negra (África), que ele, e toda a família sagrada, buscou refúgio seguro.
Imagem extraída da net.
No período conhecido como Patrística, quando os gigantes da fé cristã buscavam justificar, sistematizar e consolidar os parâmetros do novo credo. Foi nossa mãe que veio, mais uma vez, em nosso socorro. Emprestou-nos seu filho mais ilustre: Aurélio Agostinho 354-430 d. C. (Santo Agostinho nasceu em Tagaste, atual Tunísia).
No início da Modernidade, quando um novo caminho para as Índias era premente, foi em seu litoral que se buscou proteção contra um voraz oceano (navegação de cabotagem).
Dizem também que de lá veio forças necessárias (escravos), para impulsionar os primeiros momentos econômicos de uma América ainda infante.
Falam mais, quando no século XIX, as potências européias tinham fome de mercado e, principalmente, de matéria prima para suas indústrias, mais uma vez a mãe foi procurada.
E, por fim, quando na segunda metade do século passado, o mundo ainda transpirava conflitos (Guerra Fria), Mandela, deu início a sua árdua jornada em direção a liberdade e ao prêmio Nobel da Paz.
Hoje, filhos esquecidos que somos, olhamo-la e não a reconhecemos. Uns, por demais embranquecidos, dizem:
- Impossível que seja ela nossa mãe, olhe nossa pele!
Outros, negros, mas não o suficiente, murmuram:
- De fato há alguma semelhança, mas já faz muito tempo!
Ela, tão negra quanto antes, nada diz, não tem voz, em silêncio agoniza. Como toda boa mãe, deu bem mais do que recebeu. Semelhantemente à fábula da cigarra e da formiga, não aprendeu a reter para o futuro.
No período conhecido como Patrística, quando os gigantes da fé cristã buscavam justificar, sistematizar e consolidar os parâmetros do novo credo. Foi nossa mãe que veio, mais uma vez, em nosso socorro. Emprestou-nos seu filho mais ilustre: Aurélio Agostinho 354-430 d. C. (Santo Agostinho nasceu em Tagaste, atual Tunísia).
No início da Modernidade, quando um novo caminho para as Índias era premente, foi em seu litoral que se buscou proteção contra um voraz oceano (navegação de cabotagem).
Dizem também que de lá veio forças necessárias (escravos), para impulsionar os primeiros momentos econômicos de uma América ainda infante.
Falam mais, quando no século XIX, as potências européias tinham fome de mercado e, principalmente, de matéria prima para suas indústrias, mais uma vez a mãe foi procurada.
E, por fim, quando na segunda metade do século passado, o mundo ainda transpirava conflitos (Guerra Fria), Mandela, deu início a sua árdua jornada em direção a liberdade e ao prêmio Nobel da Paz.
Hoje, filhos esquecidos que somos, olhamo-la e não a reconhecemos. Uns, por demais embranquecidos, dizem:
- Impossível que seja ela nossa mãe, olhe nossa pele!
Outros, negros, mas não o suficiente, murmuram:
- De fato há alguma semelhança, mas já faz muito tempo!
Ela, tão negra quanto antes, nada diz, não tem voz, em silêncio agoniza. Como toda boa mãe, deu bem mais do que recebeu. Semelhantemente à fábula da cigarra e da formiga, não aprendeu a reter para o futuro.
Imagem extraída da net.
Penso nessa mãe solteira. Penso na vida que ela teve. Penso na vida que ela não tem. Penso na vida que ela que ter. Quem tanto deu, clama por receber.
"Não é desmedido dizer que é a vida, ela mesma, que, vencida, se reduz à sobrevivência, quando não suporta a doença nem tolera a dor." (F. Nietzsche) Cacau “:¬)
Penso nessa mãe solteira. Penso na vida que ela teve. Penso na vida que ela não tem. Penso na vida que ela que ter. Quem tanto deu, clama por receber.
"Não é desmedido dizer que é a vida, ela mesma, que, vencida, se reduz à sobrevivência, quando não suporta a doença nem tolera a dor." (F. Nietzsche) Cacau “:¬)
http://tribunadonorte.com.br/noticia/africa-mae-solteira/177476
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