Por: Claudio Fernando Ramos, 03/04/2013. Cacau “:¬)
Hoje provei a honra de estar entre os bons. Digo isso no
presente, porque no futuro serão notáveis. Posso até ter servido de inspiração,
mas não sou o responsável pela ação de estarem reunidos. Refiro-me ao grupo de
debate filosófico que nasceu entre os alunos do 2ª ano do CDF - Colégio e Curso
(zona norte). Jovens e espirituosos adolescentes iniciaram uma jornada sem fim,
em direção ao fantástico e inesgotável mundo do saber. Em um século onde tudo é
midiático, chega-se mui facilmente ao abismo da banalidade generalizada. Um
século em que todos falam, mesmo quando à esmagadora maioria, nada têm a dizer.
Tempos inéditos em que, por conta das redes sociais, muitos acessam e são acessados
sem ao menos se conhecerem. Eis que eles, os futuros notáveis, fulguram como
luzes, servindo como significativa referência para toda uma juventude desacredita.
Durantes os poucos minutos em que estive com eles não
vislumbrei a presença de nenhum adulto coordenando-os, mas nem por isso
presenciei meninas afetadas retocando a maquiagem, nem meninos prepotentes
fazendo tipos; ao contrário, de forma compenetrada e comprometida discorriam,
cada um a seu turno, sobre um assunto assaz polêmico: tolerância religiosa.
Surpreendi-me com a forma como fomentavam as ideias.
Sentados no chão, todos demonstravam vívido interesse em ouvir tudo que o outro
tinha a dizer. Normalmente, isso não acontece nem durante as aulas. Porém,
surpresa mesmo é achar estranho o que deveria fazer parte da normalidade: jovens
dialogando, pensando, crescendo, decidindo, escolhendo, vivendo, refletindo...
O que está acontecendo com todo mundo?
Vivemos uma inversão de valores: o normal nunca soou tão
anormal! Cacau ":¬)
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