MEIO AMBIENTE
(E. Fundamental 2014)
LIXO DOMÉSTICO
Diariamente, em nossas casas geramos lixo doméstico para o meio ambiente. O lixo doméstico é caracterizado por restos de alimentos, materiais plásticos, produtos de higiene pessoal, óleo de cozinha, embalagens, folhas de quintal, entre outros. Algumas cidades já possuem coleta específica para o lixo orgânico e inorgânico despojado pelos lares, mas, na maioria dos casos, tratar o lixo doméstico ainda é um grande desafio. O lixo doméstico é recolhido pela empresa de limpeza pública e , quando não há a seleção e o tratamento correto, são jogados em grandes lixões para efeito de decomposição. Depois de um período de sessenta dias, a fermentação desse lixo gera no “lixão” uma espécie de gás metano e chorume (líquido escuro proveniente diretamente da decomposição dos dejetos).
Quando jogados em aterros sanitários, o lixo sofre uma decomposição controlada e pode servir para a fabricação de fertilizantes naturais. Quando falamos em lixo doméstico, grande parte do mau odor que o lixo exala provém das substâncias existentes no lixo orgânico, por exemplo, nos restos de comida. Num processo de compostagem, o lixo orgânico (restos de refeições, cascas de frutas, papéis úmidos, restos de vegetais, café e estrume de animais) são transformados em adubos naturais no solo.
O uso do adubo da compostagem permite uma economia vantajosa, pois retira a necessidade de se comprar adubos artificiais, fortalece as plantas e uma pequena horta que a pessoa tenha em sua casa. Quando o lixo orgânico é deposito de maneira incorreta na natureza, este pode acarretar sérios danos à natureza como a contaminação do solo e dos lençóis freáticos. Sabemos que o lixo doméstico está relacionado diretamente com o excesso de consumo de nossos tempos, a comida que consumimos hoje, em grande parte, é industrializada e contém insumos químicos que, a médio e longo prazo, além de fazer mal à saúde do ser humano, anexados ao lixo podem afetar o equilíbrio biológico dos solos e contaminar as fontes de água.
Assim como já ocorre com o lixo industrial e agrícola, o lixo doméstico tem causado um profundo esgotamento dos aterros sanitários nas principais cidades do mundo. Nas grandes cidades, o lixo tornou-se num problema de saúde pública. Segundo dados do IBGE, no ano de 2000, cerca de 228,4 mil toneladas de lixos eram produzidas no Brasil, em média cerca de 50 mil toneladas de lixo são jogados diariamente em lixões a céu aberto.
CHORUME
O lixo doméstico, comumente, possui uma dada quantidade de água, oriunda da umidade do ar e do processo de decomposição da matéria orgânica. Essa água percorre lixões e aterros sanitários com a ajuda das chuvas, dissolvendo substâncias presentes em tais locais e formando um líquido extremamente poluente denominado chorume. Também conhecido como líquido percolado, o chorume apresenta uma coloração bastante escura, odor forte característico, além de uma textura viscosa. Sua composição varia de acordo com diversos fatores, como, por exemplo, o tipo de detritos descartados sobre o solo, o tipo de solo da região, o teor de umidade do local, a quantidade de oxigênio distribuída, a forma como foi implantado o aterro sanitário, sua localização em relação ao lençol freático, entre outros. De um modo geral, na constituição desse líquido se encontram substâncias orgânicas (principalmente carbono e nitrogênio orgânico), além de materiais inorgânicos, como mercúrio, cobre, chumbo, arsênio, cádmio, cobalto e cromo.
Ao circular pelo solo em que o lixo foi depositado, o chorume carrega microrganismos, metais pesados, nitratos e fosfatos e muitas outras substâncias. Dessa forma, é possível que o líquido atinja o lençol freático (reservatório de água subterrânea proveniente da água da chuva infiltrada no solo), poluindo-o. Quando o lençol freático é contaminado pelo chorume, as águas superficiais, como rios, lagos e minas também são poluídas, uma vez que são abastecidas por ele. Com a contaminação da água, as espécies aquáticas e as plantações irrigadas também são acometidas. O chorume apresenta, ainda, uma elevada concentração de demanda biológica de oxigênio (DBO), um parâmetro utilizado para determinar a quantidade de oxigênio necessária na degradação da matéria orgânica por processos bioquímicos. O aumento desse índice representa um grave problema ambiental: quando a necessidade de oxigênio é muito alta, pode ocorrer, como alternativa, a decomposição anaeróbia da matéria (sem presença de oxigênio), o que leva à produção de gases tóxicas como metano, gás carbônico, mercaptanas, amônia, fenóis e outros.
Uma forma de solucionar os impactos ambientais causados pelo chorume é o tratamento desse produto. Basicamente, existem duas formas de tratar o chorume: a forma aeróbia, em que é fornecido o oxigênio necessário para a decomposição completa da matéria; e a forma anaeróbica, que ocorre sem a presença de oxigênio em reatores fechados. A maneira como o chorume é tratado varia conforme sua composição e as suas características.
COMPOSTAGEM
Primeiro acumula-se a matéria orgânica em montes chamados de “lheira” (atenção: não devem ser colocados materiais como madeira envernizada, papel com tinta, e outros merecem cuidado especial como dejetos de animais), que deve ser remexida diariamente para que haja aeração. Estas lheiras devem ser montadas em locais com boa drenagem para que não haja acúmulo excessivo de água. Para quem não dispõe de tanto espaço para fazer a compostagem, mas que gostaria de fazer, existem alguns recipientes que são vendidos especialmente para esse fim e que possuem inclusive tampa para evitar que o odor ruim do início do processo incomode os vizinhos.
O tempo de compostagem varia de algumas semanas a meses dependendo do tipo de matéria orgânica utilizada (quanto menor for o tamanho do material utilizado, mais rápido é o processo de decomposição; vale triturar os restos de comida e folhas), da técnica usada (passiva, quando você simplesmente deixa a matéria orgânica em um canto para que se decomponha, ou ativa, quando você remexe e monitora diariamente a lheira), e se você faz ou não o uso de minhocas: elas podem diminuir em até 50% o tempo de compostagem. Ao final do processo de compostagem já não será mais possível identificar os materiais que foram postos ali. Agora, toda a matéria orgânica já decomposta, terá o cheiro de terra, uma cor marrom escura ou preta e o aspecto esfarelado e homogêneo constituído um excelente adubo para qualquer cultivo, até melhor que os adubos químicos uma vez que não agride o meio ambiente e é orgânico.
http://www.infoescola.com/agricultura/compostagem/
ATERRO SANITÁRIO E MDL
O que é o MDL?
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é uma ferramenta criada pelo Protocolo de Kyoto que permite a um país desenvolvido, citado no anexo I do Protocolo, investir em tecnologias e projetos nos países em desenvolvimento que gerem redução ou não emissão de gases de efeito estufa (GEE) que não ocorreriam sem a existência do projeto (este é o chamado “critério de adicionalidade” do projeto). Uma vez implantado este projeto que reduza ou evite a emissão de GEE, ele deverá ser submetido a todo um processo de validação, registro, monitoramento e verificação para que depois se emitam as chamadas Reduções Certificadas de Emissão (RCE’s) que poderão ser comercializadas com os países desenvolvidos para que eles atinjam suas metas de redução conforme traçado no Protocolo de Kyoto. Desta forma empresas públicas ou privadas de diversos países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, vem investindo em projetos que consigam reduzir a emissão de gases de efeito estufa (GEE), como o gás metano, um dos principais constituintes do biogás produzidos em aterros sanitários.
Aterro Sanitário e os Gases de Efeito Estufa
Os aterros sanitários são locais para onde os resíduos sólidos urbanos podem ser destinados. Diferentemente dos lixões (depósitos a céu aberto), nos aterros sanitários existe toda uma preparação do solo para que não haja contaminação do lençol freático e das áreas de entorno, assim como o monitoramento do ar para que sejam verificadas as emissões de gases provenientes dos resíduos enterrados ali. O gás emitido durante a decomposição dos resíduos sólidos em um aterro é chamado de biogás e sua composição pode variar levemente dependendo dos tipos de resíduos descartados ali e suas características. Porém, basicamente, esse gás é composto por dióxido de carbono e metano, dois dos principais gases causadores do efeito estufa. Mas, se por um lado o biogás proveniente dos aterros é um dos vilões da camada de ozônio se lançado na atmosfera, por outro lado, o metano (CH4) é um gás que por seu alto poder calorífico representa uma excelente forma de energia. Assim, foram desenvolvidos projetos com o intuito de captar o gás gerado nos aterros e transformá-lo em energia elétrica. Desta forma, além de se conseguir aproveitar os resíduos para gerar energia, ainda evita-se o lançamento de GEE na camada de ozônio e seu consequente impacto. É aí que entram os projetos de MDL em aterros.
Aterros Sanitários e MDL
Um dos exemplos mais conhecidos de projetos de MDL implantados em Aterro Sanitário é o caso do Aterro Sanitário Bandeirantes, localizado em Perus na região metropolitana de São Paulo. Com uma área total de 1.400.000m² o Aterro Bandeirantes está desativado desde março de 2007 tendo operado durante 28 anos e recebido, até 2006, cerca de 36 milhões de toneladas de resíduos. (COELHO, 2008). A captação do biogás gerado no aterro foi iniciada em 2004 após uma série de estudos preliminares sobre a viabilidade do projeto e a instalação de uma usina termelétrica a biogás em 2003, onde o gás captado no aterro é tratado (retirada a umidade e feita uma pré-filtragem) e depois transformado em energia. (COELHO, 2008)
O Aterro Bandeirantes possui capacidade para gerar aproximadamente 170 mil MWh de energia elétrica por ano e possibilitou, até então, a comercialização pela prefeitura de São Paulo de 1.262.793 RCE’s (Reduções Certificadas de Emissão), ou créditos de carbono, sendo que cada crédito corresponde a 1 tCOe (tonelada de carbono equivalente) que deixaram de ser lançados para a atmosfera. (Sites “JimNaturesa” e “Abril”)
O gás gerado nos aterros sanitários geralmente é tratado através da queima direta em flares para que o metano contido nele possa ser transformado em dióxido de carbono que, embora também seja nocivo para a camada de ozônio, possui um potencial poluidor várias vezes menor que o do metano. Com essa medida já é possível reduzir o potencial de dano à camada de ozônio, mas, mesmo assim, os danos ainda seriam muito grandes se levarmos em consideração a grande quantidade de lixo descartada diariamente no mundo todo. E esse é um dos motivos pelo qual a realização de projetos de MDL em aterros sanitários se tornou algo tão promissor.
O primeiro benefício da implantação de um projeto de MDL em aterro sanitário, como o citado anteriormente, é ambiental, já que toneladas de gases deixarão de ser lançados na atmosfera evitando-se assim o efeito devastador na camada de ozônio e todas as suas consequências. Mas ainda podemos citar dois benefícios adicionais: a geração de energia e o lucro advindo da comercialização dos créditos de carbono. O empecilho, na maioria, das vezes, é que estes projetos exigem investimentos iniciais bastante altos o que pode acabar inviabilizando sua execução principalmente para municípios pequenos. No entanto, uma alternativa que vem sendo adotada com sucesso em algumas regiões do Brasil é o “Consórcio entre Municípios” onde diversos municípios pequenos e próximos resolvem construir em conjunto um aterro sanitário de maiores proporções melhorando assim, a relação custo-benefício do projeto.
Outras formas de aproveitamento do biogás (calefação, uso como combustível), também possuem potencial para exploração dos créditos de carbono, porém, ainda não possuem metodologia aprovada ou tecnologia suficiente para seu aproveitamento de forma tão atrativa para investidores quanto àquelas relacionadas aos aterros sanitários.
Como funciona
Em primeiro lugar deve ser realizado um estudo da viabilidade técnica e econômica do empreendimento que leve em consideração o potencial de geração de energia do biogás de acordo com a quantidade e composição dos resíduos descartados no local. O estudo deve conter também uma avaliação do custo da energia gerada pelo aterro em comparação com a fornecida pela concessionária local. Para a geração de energia, que reduz drasticamente a quantidade de gases emitidos (mesmo com um projeto de MDL como o do Aterro Bandeirantes haverá a emissão de gases para a atmosfera, mas a quantidade é praticamente insignificante se comparada à não existência do projeto) e possibilita a obtenção de créditos de carbono, o que se faz, é aproveitar os poços de drenagem de gás já existentes nos aterros sanitários – em alguns casos é necessário instalar mais poços - e ligá-los a uma rede de coleta que levará o gás até a usina de geração. Estes poços de drenagem geralmente são feitos de brita e podem ser horizontais ou verticais (alguns aterros adotam sistemas mistos).
A rede de coleta costuma ser instalada no subsolo para evitar acidentes e é ligada a bombas de vácuo que permitem a manutenção de uma vazão constante e regular de biogás para a usina de geração. Além disso, em alguns casos, também é necessária a realização de uma impermeabilização de cobertura na região do aterro para evitar que o gás escape para a atmosfera. Essa cobertura geralmente é feita com argila de baixa permeabilidade compactada. Em uma primeira etapa após a captação, o biogás, que contém umidade e algumas impurezas em sua composição, passa por um processo de retirada da umidade e uma pré-filtragem na usina de gás onde também pode passar por um processo de resfriamento e só depois é encaminhado para a usina de geração de energia onde alimentará moto-geradores, responsáveis por gerar a eletricidade. Os motores utilizados para geração de energia são adaptados para trabalhar com biogás e também podem ser utilizadas turbinas. A partir daí a energia gerada no aterro poderá ser fornecida pela rede local para os consumidores.
LENÇOL FREÁTICO
O lençol freático é caracterizado como um reservatório de água subterrânea decorrente da infiltração da água da chuva no solo nos chamados locais de recarga. Abaixo dele há o que chamamos de zona de saturação: local onde o solo (ou rochas) está encharcado pela água e que constitui o limite inferior do lençol freático; e, como limite superior do lençol, existe a zona de aeração: local onde os poros do solo (ou rochas) estão preenchidos parte por água e parte por ar.
O lençol freático é diretamente afetado pela topografia e vegetação do local onde se encontra. Seu formato é delineado de acordo com o relevo do terreno e o tipo de rochas e sua vazão varia de acordo com a vegetação, as características do terreno, a vazão de descarga e a quantidade de chuvas. A vegetação influi no lençol freático principalmente nos locais de recarga. É ela que permite que a água das chuvas escorra lentamente pela superfície do solo evitando a erosão, e faz com que a temperatura se mantenha relativamente baixa, evitando a evaporação muito rápida, o que prejudicaria a infiltração.
Os lençóis freáticos são um tipo de reservatório das águas subterrâneas chamados, também, de “aquíferos artesianos livres”: aquífero é uma massa rochosa que acumula água em quantidade elevada devido à alta porosidade e permeabilidade do solo (ou rochas) onde se encontra. Quando eles se encontram a uma pressão elevada, maior que 1 atm (atmosfera), dá-se o nome de “artesianos”. Os “artesianos livres” são aqueles que possuem pressão atmosférica igual a da superfície. Essa diferença de pressão entre um tipo e outro de reservatório subterrâneo se deve a ocorrência de desnível da superfície do aquífero e do confinamento de uma ou mais camadas de baixa permeabilidade que fazem pressão sobre o líquido acumulado.
Nos lençóis freáticos ou “aquíferos artesianos livres” não há confinamento, a água flui livremente e, eles geralmente se encontram há uma profundidade não muito grande. Quando isso ocorre e eles se encontram muito próximos a superfície, pode acontecer da água “brotar” formando uma nascente. Os reservatórios subterrâneos geralmente têm uma água bastante limpa devido à filtração natural que ela sofre ao escorrer pelo solo poroso. Tanto é que as águas minerais podem ser consumidas sem necessidade de tratamento. Mas, nas grandes cidades, ou mesmo no campo devido ao uso de agrotóxicos, a qualidade da água presente nos lençóis freáticos é bastante prejudicada, principalmente junto aos lixões.
http://www.infoescola.com/hidrografia/lencol-freatico/
SAÚDE PÚBLICA
A Saúde Pública é viabilizada através da ação do Estado
O conceito clássico de Saúde Pública define o termo como a arte e a ciência de prevenir doenças, prolongar a vida, possibilitar a saúde e a eficiência física e mental através do esforço organizado da comunidade. Isto envolve uma série de medidas adequadas para o desenvolvimento de uma estrutura social capaz de proporcionar a todos os indivíduos de uma sociedade a condição de saúde necessária. Esta definição é utilizada também pela Organização Mundial de Saúde, o principal órgão internacional que visa a manutenção do bem-estar físico, psíquico e social.
A ação do Estado é central na promoção da Saúde Pública. É ele que a organiza de acordo com suas questões sociais e políticas fazendo aplicar os serviços médicos na organização do sistema de saúde. A Saúde Pública visa combater os fatores condicionantes da propagação de doenças, ou seja, tenta manter um controle das incidências nas populações por meio de ações de vigilância e de investigações governamentais.
A Saúde Pública no Brasil passa por personagens importantes como Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, mas também por instituições de destaque como o Instituto Vital Brazil, Butantã ou Adolfo Lutz. Estas entidades de pesquisa e aprimoramento do combate às doenças são referenciais no que se refere à saúde no país. São, por outro lado, exemplos isolados de atividade competente e meritória da Saúde Pública brasileira. Já a grande máquina de atendimento populacional no combate e controle de doenças é chamada de SUS, Sistema Único de Saúde, e é alvo de várias críticas em função da precariedade dos serviços prestados, da escassez de mão-de-obra qualificada para atender a grande demanda populacional e da demora na solução de problemas por causa de uma grande sobrecarga burocrática.
Todavia, a Saúde Pública evoluiu muito no Brasil, historicamente. No período colonial, não havia qualquer medida de combate ou prevenção de doenças. Quando enfermo, recorria-se a crenças. Esse vazio de assistência medicinal só foi relativamente preenchido com a fundação das primeiras Santas Casas de Misericórdia. A situação só sugeriu o melhoramento com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, em 1808, quando foram criadas as primeiras escolas de medicina do país. Porém foram as únicas medidas governamentais até a chegada da República. A capital do país, por exemplo, era desprovida de saneamento básico e fornecia condições para a disseminação para várias doenças. Os trabalhadores não possuíam qualquer amparo do governo federal no caso de doenças e acidentes, o que só foi conquistado após muitas manifestações e a ocorrências das grandes greves da década de 1910. Ainda assim, a atuação do Estado expandiu-se ligeiramente. Na década de 1920 foram criadas as Caixas de Aposentadoria e Pensão e, na década de 1930, os Institutos de Aposentadoria a Pensão. Ambos atendiam apenas os trabalhadores urbanos e, mesmo assim, somente determinadas categorias. O crescimento das políticas públicas foi lento e o atendimento em grande medida à população só ocorreu em 1960, abrangendo as mais diversas categorias de trabalhadores urbanos. Os trabalhadores rurais, por sua vez, só foram contemplados três anos mais tarde, em 1963, na teoria. O período militar fez algumas melhorias no sistema de assistência pública de saúde, mas também abriu espaço para a atividade privada, o que causou a grande explosão dos convênios médicos no Brasil. Foi ao lado dos procurados planos médicos que a estrutura da Saúde Pública no país foi reformada, gerando o Sistema Único de Saúde que é vigente.
SUSTENTABILIDADE
Chuvas e lixo, combinação perfeita para enchentes.
Esse lixo jogado no chão vai para bueiros, rios e córregos, com muita chuva ele bloqueia água e faz com que as enchentes sejam cada vez mais normais. Outra prática muito comum nas capitais brasileiras é se utilizar das margens de rios para jogar fora sofás, eletrodomésticos velhos e até mesmo geladeiras. Segundo o engenheiro e especialista em prevenção contra enchentes, Hassan Barakat, de nada adianta fazer ações preventivas se a população não fizer a sua parte. Segundo Barakat, as pessoas devem conservar drenagens, valas e canaletas sempre desobstruídas.
Nunca jogar lixo nas ruas, em encostas, córregos, margens de rios ou áreas verdes. Lembrando que desde o papel de bala, xepas de cigarro e até móveis velhos são lixos.
UM PROBLEMA DE TODOS
Todos os anos, nessa época do ano que abrange o verão (de janeiro a março), os noticiários ficam literalmente “inundados” de notícias sobre alagamentos e enchentes. É a época em que as massas de ar frio estacionam sobre determinadas áreas e ocasionam as chamadas chuvas de verão. Estas se caracterizam por sua intensidade e pela presença de fortes rajadas de vento e granizo.
Não é incomum vermos autoridades culpando as chuvas de verão pelos alagamentos que, muitas vezes, resultam em tragédias. Mas a realidade é que somos nós mesmos os verdadeiros culpados por esse indesejável fenômeno.
Cada centímetro a mais de pavimentação em nossas cidades impede que a água das chuvas infiltre no solo e alimente o lençol freático, que é uma espécie de rio subterrâneo que retém a água pluvial (das chuvas) e vai liberando-a paulatinamente para dentro dos rios em um processo lento e contínuo. A pavimentação excessiva causa um escoamento superficial da água, que chega rapidamente ao leito dos rios e faz com que eles não suportem drenar todo seu conteúdo. Além disso, esse tipo de escorrimento faz com que a água carregue centenas de toneladas de partículas soltas do solo, chamadas de sedimento, que diminuem a profundidade do leito dos rios. Dessa maneira, à medida que os rios vão perdendo a sua capacidade de escoamento, recebem mais e mais água, até que ocorrem as enchentes.
Não é raro ver pessoas pensando em trocar o gramado dos seus quintais por uma lajota ou um piso pavimentado qualquer. Elas argumentam que a grama dá muito trabalho porque deve ser cortada sempre e acumula muita sujeira. O piso pavimentado é mais fácil de ser limpo. No entanto essa atitude, que aparentemente facilita a vida das pessoas, pode causar grandes problemas ambientais. Por isso, da próxima vez que você ouvir alguém falando em erradicar o gramado de sua casa, faça o seu papel e explique a importância de cada metro quadrado de área pela qual a água possa penetrar.
Outro problema bastante sério é o lixo jogado em locais não apropriados. Para escoar a água das chuvas, são construídas galerias pluviais e instaladas diversas bocas-de-lobo, ou seja, bueiros por onde deve ser captada a água, que é levada para os córregos com maior capacidade de drenagem. Hoje em dia, na “era do descartável”, representada pela famosa garrafa pet, muitas pessoas jogam seu lixo nas ruas, córregos e rios. Esse lixo vai acumulando-se e acaba entupindo as galerias de drenagem, impedindo que a água encontre o seu destino.
Claro que existem outros fatores que levam às enchentes, mas os mencionados aqui são decisivos. Se cada um fizer a sua parte, deixando áreas livres de pavimentação, de preferência com alguma cobertura vegetal, e dando destino correto ao lixo, o problema vai diminuir e, com certeza, teremos verões com menos notícias tristes em nossos programas de TV.
http://www.educacional.com.br/reportagens/enchentes/problemaTodos.asp
Nenhum comentário:
Postar um comentário