1 - Os Pré-Socráticos
Podemos
afirmar que foi a primeira corrente de pensamento, surgida na Grécia Antiga por
volta do século VI a.C. Os filósofos que viveram antes de Sócrates se
preocupavam muito com o Universo e com os fenômenos da natureza. Buscavam
explicar tudo através da razão e do conhecimento científico. Podemos citar,
neste contexto, os físicos Tales de Mileto, Anaximandro e Heráclito. Pitágoras
desenvolve seu pensamento defendendo a idéia de que tudo preexiste à alma, já
que esta é imortal. Demócrito e Leucipo defendem a formação de todas as coisas,
a partir da existência dos átomos.
2 - Período Clássico
Os
séculos V e IV a.C. na Grécia Antiga foram de grande desenvolvimento cultural e
científico. O esplendor de cidades como Atenas, e seu sistema político
democrático, proporcionou o terreno propício para o desenvolvimento do
pensamento. É a época dos sofistas e do grande pensador Sócrates.
Os
sofistas, entre eles Górgias, Leontinos e Abdera, defendiam uma educação, cujo
objetivo máximo seria a formação de um cidadão pleno, preparado para atuar
politicamente para o crescimento da cidade. Dentro desta proposta pedagógica,
os jovens deveriam ser preparados para falar bem (retórica), pensar e
manifestar suas qualidades artísticas.
Sócrates começa a pensar e refletir sobre o homem,
buscando entender o funcionamento do Universo dentro de uma concepção
científica. Para ele, a verdade está ligada ao bem moral do ser humano. Ele não
deixou textos ou outros documentos, desta forma, só podemos conhecer as idéias
de Sócrates através dos relatos deixados por Platão.
Platão foi discípulo de Sócrates e defendia que as
idéias formavam o foco do conhecimento intelectual. Os pensadores teriam a
função de entender o mundo da realidade, separando-o das aparências.
Outro
grande sábio desta época foi Aristóteles que desenvolveu os
estudos de Platão e Sócrates. Foi Aristóteles quem desenvolveu a lógica
dedutiva clássica, como forma de chegar ao conhecimento científico. A
sistematização e os métodos devem ser desenvolvidos para se chegar ao
conhecimento pretendido, partindo sempre dos conceitos gerais para os
específicos.
Período Pós-Socrático
Está
época vai do final do período clássico (320 a.C.) até o começo da Era Cristã,
dentro de um contexto histórico que representa o final da hegemonia política e
militar da Grécia.
Ceticismo: de acordo com os pensadores céticos, a
dúvida deve estar sempre presente, pois o ser humano não consegue conhecer nada
de forma exata e segura.
Epicurismo: os epicuristas, seguidores do pensador
Epicuro, defendiam que o bem era originário da prática da virtude. O corpo e a
alma não deveriam sofrer para, desta forma, chegar-se ao prazer.
Estoicismo: os sábios estoicos como, por exemplo,
Marcos Aurélio e Sêneca, defendiam a razão a qualquer preço. Os fenômenos
exteriores a vida deviam ser deixados de lado, como à emoção, o prazer e o
sofrimento.
Filosofia
Antiga
Em
479 a.C. com a vitória dos gregos sobre os persas, consolida-se a democracia em
Atenas. A idéia de "homem" passa a ser identificada com a concepção
de “cidadãos da pólis". As preocupações e especulações filosóficas
concentram-se, apartir desse momento, não mais na relação do homem com a
natureza, como ocorria nos pré-socráticos. O que importa agora é a relação
entre seres humanos: a vida social.
Sócrates
(469-399 a.C.) é tradicionalmente considerado um marco divisório da história da
filosofia grega. Por isso, os filósofos que o antecederam são chamados pré-socráticos
e os que o sucederam de pós-socráticos. Sua filosofia era
desenvolvida mediante diálogos críticos com seus interlocutores. Esses diálogos
podem ser divididos em dois momentos básicos: aironia (interrogação) e a
maiêutica (concepção de idéias). Os principais representantes do período
pós-socrático: Platão e Aristóteles.
Filosofia Medieval
A
Idade Média inicia-se com a desorganização da vida política, econômica e social
do Ocidente, agora transformado num mosaico de reinos bárbaros. Depois vieram
as guerras, a fome e as grandes epidemias. O cristianismo propaga-se por
diversos povos. A diminuição da atividade cultural transforma o homem comum num
ser dominado por crenças e superstições.
O
período medieval não foi, porém, a "Idade das Trevas", como se
acreditava. A filosofia clássica sobrevive, confinada nos mosteiros religiosos.
Sob a influência da Igreja, as especulações se concentram em questões
filosófico-teológicas, tentando conciliar a fé e a razão. E são nesse esforço
que Santo
Agostinho e Santo Tomás de Aquino trazem à luz reflexões fundamentais para
a história do pensamento cristão.
Filosofia Moderna
Pode
a razão conhecer Deus? Atravessando tortuosos caminhos, o pensamento medieval
não foi conclusivo. A escolástica chegou ao seu limite. A desagregação da
cristandade com a reforma protestante e o renascimento cultural trouxe novas
questões. A burguesia entra em cena e caracteriza a mentalidade moderna. De
modo geral, associam-se ao renascimento mudanças de ênfase nos seguintes
valores: antropocentrismo, racionalismo e individualismo.
René Descartes é considerado um dos pais da
filosofia moderna. Aplicando a dúvida metódica, chegou a celebre conclusão:
"Penso, logo existo". Seu método da dúvida crítica abalou
profundamente o edifício do conhecimento filosófico de sua época.
Filosofia Contemporânea
O
conhecimento amplia-se e faz surgir um novo objeto de estudo, o próprio homem.
Cada época abrange uma corrente de pensamento, juntamente com seus respectivos
conceitos e pensadores. Entre os filósofos idealistas estão Descartes, Kant e
Hegel. Já na tradição racionalista pós-cartesiana temos Pascal, Spinoza,
Guilherme de Occam e Leibniz. No palco inicial do empirismo moderno os principais
representantes são: Francis Bacon, Locke, Berkeley e Hume. Dentro da filosofia
política destacam-se os seguintes filósofos: Aristóteles, Thomas Hobbes,
Jean-Jacques Rousseau, Engels, Maquiavel, Voltaire, Fichte, dentre outros. Já
no positivismo temos Augusto Comte. O representante da crítica ao positivismo é
Bérgson. Dentro da filosofia das Ciências ou Epistemologia temos como
representante Bachelard. A concepção de materialismo tem como representante
Karl Marx.
Nas
primeiras décadas do século XX, o mundo estava em crise. A filosofia também.
Diversos pensadores passam a questionar o sentido da vida humana. Surge, assim,
a tendência existencialista.
Seus
principais inspiradores:
Kierkegaard,
Nietzsche, Husserl, Heidegger, Camus e Sartre. O inconsciente representa papel
fundamental na filosofia de Schopenhaue.Sob esse aspecto antecipou-se alguns
dos conceitos mais importantes da psicanálise fundada por Sigmund Freud.
No
pensamento pós-moderno temos influências marcantes, tais como: Michel Foucault,
Gilles Deleuze, Haber, mas, Richard Rorty, Adorno, Marcuse, dentre outros.
Disponível em: http://www.coladaweb.com/filosofia/periodos-da-filosofia.
Consultado em 19/01/2014.
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