Por: Claudio Fernando Ramos, 01/06/2014. Cacau “:¬)
No
amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve
castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor. (1 João 4:18)
Alguns
adolescentes se queixam, principalmente as meninas, da dificuldade que é
comunicar aos seus tutores sobre o momento que estão vivendo. Para alguns,
falar sobre namoro, paixões e paqueras, principalmente para o pai, é tarefa
titânica.
A
principal estratégia adotada pelos jovens é a dissimulação. Ou seja, ao invés
de namorar sério, fica-se. Já que ficar é diferente de namorar, em casa
substitui-se o falar pelo calar.
A
lógica é a seguinte: por que incomodar meus pais por nada? Quando estiver
vivendo algo que, de fato, valha apena ser narrado (namoro sério), eu dou um
jeito!
As
mudanças que ocorrem no corpo e na mente dos adolescentes não são segredos para
ninguém, principalmente para os pais, bastando que se lembrem do que eles mesmos
viveram. É igualmente notório que muitos pais se tornaram tão dissimulados
quanto seus filhos, ou seja, por conveniência, medo ou excesso de proteção optam
pelo caminho mais fácil, fingir que nada está acontecendo; e, caso as coisas
fujam ao controle, é só dizer não, pouco importando para o quê.
Você,
adolescente, se está passando por essa dificuldade, ou por qualquer outra situação
análoga; e não consegues tratar com seus pais sobre questões específicas (paixões,
namoro e paqueras), talvez o melhor caminho seja o da generalização. Tente
conversar, não convencer, até porque isso é um tanto quanto desnecessário, com
aqueles que cuidam de você. Nessa tentativa, não se preocupe tanto com esse ou
aquele fato; mas, principalmente, sobre esse seu novo e inexorável momento.
Diálogo
algum é fácil, e para piorar, alguns pais demonstram que não foram educados
dentro dessa modalidade. Porém, o óbvio, ser jovem cheio de demandas e
necessidades, pode até ser negligenciado; mas é impossível que seja
sistematicamente ignorado. Por isso, não desistam! Tente e retente sempre que
as circunstâncias se mostrarem promissoras. Faça-o respeitosamente, como é
devido, mas faça-o sempre! Nesse, como em inúmeros outros casos, o fracasso momentâneo,
não implica em derrota definitiva. Lembre-se: nunca foi fácil “educar” os
adultos!
E para finalizar, saiba que alguns dos temores da juventude não desaparecem pura e simplesmente na fase adulta da vida, eles se transformam. O medo dos tutores tem grande possibilidade de se transformar em medo do patrão, do esposo (a), das divindades e o que é pior, medo de tratar com os próprios filhos quando se tornarem pais, ou seja, a velha e conhecida reprodução integral do comportamento adquirido. Cacau “:¬)
OBS:
Esse texto é consequência direta do que aconteceu no primeiro encontro de
leitores da ZN (Clube do Livro 2014). O próximo será em julho, participe! Cacau
“:¬)
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