O filósofo das
ideias claras e distintas!
Introdução
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Espetáculo Verborrágico – quando todos, de qualquer forma, têm a pretensão do
saber.
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Isonomia Cognitiva – a razão é a coisa mais bem distribuída entre os homens.
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Característica Inata da Espécie Humana – nenhum homem possui mais ou menos
razão.
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A Origem do Falso – falta de um fundamento seguro, sem o qual a verdade não se absolutiza
nem se universaliza.
A) Teoria do Conhecimento
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Também conhecida como: gnosiologia (gnose = conhecimento) e epistemologia
(episteme = ciência).
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Racionalismo ou Empirismo? – o conhecimento é possível somente por intermédio impreterível
da razão ou também faz o uso imprescindível dos sentidos?
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Sujeito ou Objeto? – a importância no processo de conhecer deve recair sobre o
sujeito ou sobre o objeto do conhecimento?
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Realismo (res = coisa) ou Idealismo? – espectador ou protagonista no desvelar o
universo?
B) Duvida Hiperbólica
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Também conhecida como Dúvida Exagerada.
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Tudo é posto sob o crivo da razão: o ser, a realidade e a divindade.
C) O Cogito
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Cogito Ergo Sum – penso logo existo!
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Fim das dúvidas – pode-se duvidar de tudo, menos do pensamento.
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Todo conhecimento possível é humano.
D) O Que Existe Enquanto Substância
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Res Cogitas (espírito) – substância pensante, imperfeita, finita e dependente.
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Res Divina (Deus) – substância eterna, perfeita, infinita, que pensa e é
independente.
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Res Extensa (matéria) – substância que não pensa, extensa, imperfeita, finita e
dependente.
E) Método (caminho)
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Evidencia
– clareza e distinção dos princípios inteligíveis (plano das ideias).
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Análise
– decompor as representações imediatas em representações mais simples (a fim de
organizar e ordenar os fatos).
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Síntese
– passo seguinte à decomposição, ou seja, reordenação sistemática dos
fatos.
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Enumeração
– verificação geral do processo (evita falhas, garantindo a correta
análise).
F) Do Falso ao Absoluto
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Ideias Adventícias (o que vem de fora):
a) Representações oriundas dos sentidos.
b) Juízos formulados a partir das coisas e
não da compreensão.
c) Ideias que demonstram a aparência das
coisas (sentidos), não o que ele é.
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Ideias Fictícias (imaginação):
a) Nascem a partir de ideias adventícias.
b) Formam situações sem nenhuma
correspondência com a realidade.
c) Instrui nada sobre coisa nenhuma.
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Ideias Inatas (apriorismo):
a) São princípios simples por si mesmos.
b) São princípios de índole matemática.
c) Não são coisas (res = coisas) – manifestam-se
ao “espírito” por intuição (figuras geométricas).
d) Nos permitem conhecer os objetos
particulares (res extensa).
e) São deduzidas e demonstradas apenas
racionalmente.
f) São a marca do Criador em nosso “espírito”.
G) Deus, Ser Necessário
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O homem consciente de suas limitações.
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Mundo Inteligível – somente pelas representações do “espírito” se conhece as
coisas.
H) Conclusão
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Conhecimento de Fato (absoluto e universal) só é possível observando
determinados critérios: inatismo, racionalismo, idealismo e uma geometrização
do pensamento.
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O homem é sujeito pensante e ativo no processo.
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Consequências e responsabilidades são sempre humanas.
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Deus ajuda, mas é sempre por meio de uma intervenção que não pode ser
evidenciada (seus projetos não podem ser conhecidos).
I) Vida
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Nasceu na França, era de família nobre.
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Viajou muito a fim de procurar a Verdade no mundo.
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Influenciado pelo Cardeal Bérulle, dedica-se ao estudo da filosofia (estudou em
escola jesuíta).
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Em 1629, evitando problemas com a Inquisição, vai para a Holanda e passa a
dedicar a física e a matemática.
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Em 1637, retoma seus estudos de filosofia.
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Deixou muitos livros e inúmeras cartas, sendo famosas as cartas filosóficas à
princesa Elisabeth (Alemanha) e à rainha Cristina da Suécia.
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Morre em 1650 em Estocolmo devido ao rigor do inverno.
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René Descartes, foi considerado o “pai da filosofia moderna”.
J) Principais Obras
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O discurso sobre o método
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As meditações
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Regras para direção do Espírito
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Carta Prefácio
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As paixões da Alma
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Todos os seus livros foram colocados no Index em 1662.
