Por:
Claudio Fernando Ramos, 02/01/2015. Cacau “:¬)
Ouço,
desde a minha mais tenra idade, as pessoas fazerem a cerca do amor materno, os
mais efusivos comentários: como amor de mãe não há igual; amor de mãe é para sempre;
amor de verdade só existe um: o de mãe; etc, tec, etc...
Bom,
ao escrever essas linhas, nesse despretensioso aforismo, nossa intenção não é a
de negar, de forma alguma, a incontestável importância desse tipo específico de
amar e ser amado; mesmo porque, mal ou bem amados, todos tivemos mãe!
Porém,
existe um tipo específico de amor que volta e meia nos chama atenção; sendo
mais específico, estamos falando sobre o Amor de Amizade!
Se
tentarmos compará-lo (Amor de Amizade) com essa outra forma específica e maravilhosa
de amar (Amor Materno), todos (com raras exceções) seremos unânimes em preferir
este em detrimento daquele.
Por
que somos sempre céleres em fazer isso?
Certamente
o laço sanguíneo (de sete a nove meses no interior de alguém), a dependência
(física, emocional e psíquica), a educação (formal e informal), a religiosidade
(principalmente, não unicamente, o marianismo católico-romano) e as normas
sociais (autoridade tutorial) deram suas contribuições.
Todavia,
aquilo que serve como legitimação dessa forma de amor (Materno) também pode ser
utilizado como argumentação oposta!
Vejamos,
se, situação hipotética, o Amor Materno não tivesse a seu favor todos esses expedientes
que acima citamos, ele ainda assim, teria a força que tem?
Dificilmente!
É
verdade que o Amor de Amizade mais parece um homem forasteiro (a) que chega sem
dizer nada e logo ocupa significativo espaço no interior do coração do outro;
entretanto, é exatamente isso que o torna interessantíssimo, digno de nota
nesse aforismo despretensioso. Ele não possui auxílios, e, pior ainda, é posto
à prova o tempo todo: Deus me proteja dos amigos, pois dos inimigos cuido eu; amigo
de verdade nunca falha; se ele fosse seu amigo não teria feito isso; amigo de
verdade é isso ou aquilo outro; etc, etc, etc.
Como
deixamos transparecer no início, não possuímos a pretensão de provar, negar,
valorar e desvalorar coisa alguma! Quanto mais amor melhor, sejam eles:
maternos, paternos, amizades ou divinos; todos são bem vindos! Só não podemos
deixar de render tributo ao Amor de Amizade. Amor esse que sem possuir a
maioria dos predicados presentes e tão necessários nas outras formas de amor,
consegue elevar-nos da condição de seres singulares e solitários que somos, nos
fazendo, gentil e voluntariamente, interagir como se tivéssemos nascidos para
sermos um corpo e não um ser.
Por
último devemos trazer viva na mente a seguinte sentença: todos têm mãe, só
alguns (privilegiados) têm amigos! Cacau “:¬)
Nenhum comentário:
Postar um comentário