domingo, 27 de março de 2011

Natal, Eternamente

O Natal já existia antes que houvesse data, por isso ele é anterior as imputações relativizadas dos homens, tais como: isso é bom, aquilo é mal, aquilo outro é estranho. Sendo assim, o dia 25 de dezembro é só uma data; isso é inegável. Mas, não comemorar esse evento atemporal, implica em negar a base (Deus), base essa que a tudo e a todos antecede(eternidade); base essa que rege cotidianamente a vida dos que crêem(fé); base que preenche de humanização a solidão existencial dos milhares de desprotegidos por um sistema aviltante(amor); base que resgata passados, consolida presentes, mas, principalmente, projeta futuros(oportunidades). Assim sendo, comemoremos o Natal: hoje, amanhã, eternamente...
Um Feliz Natal, cada um de sua forma, cada qual em seus lugares, todos a seu tempo. (Cacau, outubro 2010)


Filosofar

O que é filosofar? Filosofar não é profissão: Platão já o denunciava quando escreveu sobre os sofistas. Filosofar não é religião: diferentemente das crenças, o filósofo não é dogmatizador. Filosofar não é fazer ciência: o filósofo não vive a postular  “verdades”, como quem sonha um dia equaciona um complicado teorema. Filosofar não é buscar tornar “úteis” as coisas da vida: disso já se ocupam as pessoas que, na vida, só buscam prazer. Filosofar é, antes de tudo, atividade essencial das pessoas, verdadeiramente, livres. 
 Pr. Claudio F. Ramos Agosto/2010

quarta-feira, 16 de março de 2011

JIM JONES NÃO MORREU


Prof. Claudio Fernando Ramos
O jornalista Hélio Costa, hoje político com marcante presença no Congresso Nacional, narra com maestria, sobre os trágicos fatos ocorridos nos idos de28 novembro de 1978 (veja os vídeos arrolados no blog: znfilosofica.blogspot.com) , esse que pode ser considerado um "golpe fanático" no Estado de direito.
 Até onde o livre-arbítrio é de fato livre? Até onde o amor é uma força criadora e motivadora de uma suposta espiritualidade? Não seriam isso meros impulsos nervosos, consequência de atividades neuro-químicas do cérebro humano; conceituados de forma bonita e formalmente vestidos para uma melhor e maior aceitação, aceitação essa, sem contestações? Não sei!
 A orquestrada ação de um fanático religioso, fanático no sentido mais lato que o termo pode comportar, de posse de um discurso “politicamente correto”: liberdade, igualdade e fraternidade (correto, ao menos, desde 1789 quando os ideais da burguesia européia abalaram as instituições francesas – Antigo Regime – e correu todo o ocidente, aportando nas terras brasilis como lema dos Inconfidentes. Pergunte a Tiradentes.), deu um ‘golpe’ na democracia, sendo esta, a menina dos olhos dos homens de boa vontade; Platão discordaria dessa menina. Em um primeiro momento, não é tanto o que eles (ou seria somente ele?) fizeram que deve nos surpreender, amedrontar e desnortear; mas sim, o que nós, ditos humanos, podemos fazer com os outros e com nós mesmos.  O macabro de tudo isso não repousa somente na ação praticada, que por si só já extrapola qualquer compreensão racional dos fatos; mas, em nome de quem e, para quem, se fez o que se fez... Deus!?
 Oh! Meu Deus! Quem há de nos salvar desse inimigo terrível que a tudo e a todos destrói e consome? Esse ser que os melhores humanistas lhe alcunham: coroa da criação.
 Sabemos que és assaz benigno, e que deste o teu próprio filho para nos ver livre do inimigo de nossa alma: o Diabo. Esse ser, que mesmo com todo folclore que o envolve, sempre apresenta-se ou, se não existe de fato, é apresentado como um fenômeno de malignidade incomparável e inexorável. Porém, por pior que ele seja, há como dele se libertar; segundo o livro sagrado, basta ter fé em Deus. E quanto ao homem? Esse ser tão cheio de boas intenções, mas no fundo um verdadeiro fracassado? O que fazer com ele? Quem dele pode nos redimir...? Há muito, o inimigo deixou de morar só ao lado, ganhou um insaciável aliado, este,  vive e age no interior de cada ser.
Agonizamos em nosso próprio excremento; inutilmente tentamos nos limpar, tentando de forma ineficaz,  multiplicar nossas formas de adoração. Nesse espasmódico processo, todos os saberes e misérias humanas são incorporados, nada é desprezado. Ao criarmos novas religiões não só definimos, mas “redefinimos”, “melhoramos”, “atualizamos”, “transformamos” o  Deus de Abrão, Isaque e Jacó (fatos esses que, em se tratando de Deus, deveriam ser inexequíveis). O saldo  se vê nos muitos Jim Jones existentes: milagres por atacado, visionários do apocalipse,   templos  faraônicos, discursos utópicos sobre o melhor que seremos no amanhã, quando na verdade, somos bem piores do que deveríamos neste momento; líderes que amam mais o título do que a função que o título encerra, não basta ser padre, deseja-se o papado, não basta ser pastor, anela-se o apostolado; culto à personalidade (líderes incontestáveis), pedófilos, apoio explicito a candidatos políticos (como defesa de seus interesses religiosos), aquisição de mídia com o dinheiro dos fies (algumas com falsos pretextos de evangelização,catequização e outros),  luxo, conforto e prosperidade como  ordem do dia (nada mais típico em uma sociedade escrava do consumo: “Deus não quer ninguém pobre, só o Diabo”)...
O pastor norte americano Jim Jones, morto com um tiro na cabeça, segundo as investigações, pode até ter morrido quanto à forma, mas asseguro, está muito vivo quanto ao conteúdo. O que  tem morrido anapelavelmente, como consequência de todo esse desvario, tem sido a fé genuína, chamo de genuína aquela fé que não nasce do querer humano, mas, infelizmente, dele depende para ser cultivada.  
Cacau  Natal-RN  16/03/2011

Jonestown - A Igreja do pastor Jim Jones 1 / 2

Fanatismo Religioso Templo dos Povos Jonestown O Inferno do pastor ...

Fanatismo Religioso Templo dos Povos Jonestown O Inferno do pastor ...

quinta-feira, 10 de março de 2011

DELÍRIOS

Em tons de azul intenso vestia-se o céu... Era alta madrugada. Reinava um silêncio sepulcral... Um grasnido involuntário traiu o momento. Acordou assustado; esfregou o rosto, abriu os olhos e por um longo tempo mirou o infinito envolto em escuridão... Pensou em clamar, mas não sabia ao certo se contra ou a favor. Um poderoso estampido ribombou ao largo. Deu o grito mais alto e longo que suas cordas vocais lhe permitiram... Se estivesse em pé correria o mais longe possível... Suas convicções derretiam sem detença... Fechou os olhos, imaginou um espelho diante da face, talvez fosse um sonho... Sob o prateado do espelho havia um misterioso sorriso, era o seu próprio rosto... Aos poucos o riso verteu-se em uma estrondosa gargalhada... Abriu os olhos que mal acabara de fechar... Pensou melancólico: nada mais faz sentido, nunca fez! Começou a chover. Deitou-se de bruço, voltou a dormir... Uma espécie de névoa o envolvia.
Cacau 2009/2011

terça-feira, 1 de março de 2011

A TRISTEZA QUE SORRIR

"Sorri
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios
Sorri
Quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri
Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doridos
Sorri
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz"
(Charles Chaplin)

Ideal, só a imaginação... A vida continuará sendo o que sempre foi: só vida! Necessariamante: dor, ilusão e fantasia! Sejas feliz, nas poucas, pouquíssimas, vezes em que isso for possível! Cacau, Natal-RN 01/03/2011