domingo, 30 de junho de 2013

ARISTÓTELES (ESQUEMA DE AULA)


Por: Claudio Fernando Ramos, Cacau “:¬)


INFORMAÇÕES GERAIS:

·          Nasceu em Estagira(Macedônia).

·          Tornou-se aluno de Platão desde os dezessete anos.

·          Foi preceptor do jovem Alexandre (13).

·          Fundou o Liceu (Apolo Lício); sua escola era chamada de peripatética, uma vez que as aulas ocorriam em caminhadas pelos jardins da escola.

·          Discordou do mestre Platão: “Sou amigo de Platão, porém mais amigo da verdade”.

·          Principais obras: Metafísica; Organon (conjunto de escritos de lógica); Física; Política e Ética a Nicômaco.

1ª CIÊNCIA PRIMEIRA (METAFÍSICA)

·          Tentativa de explicar o ser enquanto ser (o ser em si).

·          Metafísica (etimologicamente): meta (depois, além), física (physis = natureza). Assim sendo uma discussão metafísica é aquela abordagem que conduz para além do físico, ou seja, é uma abordagem transcendente.

·           O conhecimento sensível (que nasce dos sentidos) e o conhecimento racional (que não faz uso dos sentidos) são distintos, mas dependem um do outro.

·          O intelecto para elaborar os conceitos universais (conhecimento universal) faz uso das imagens sensíveis das coisas particulares (conhecimento sensível).

·          As causas universais estão sempre mais distantes dos sentidos.

·          É a causa primeira porque examina o ser enquanto ser e suas propriedades: diferente, semelhante; gênero, espécie; o todo, a parte; perfeito, imperfeito...

2ª O CONHECIMENTO PELAS CAUSAS

·          Base do conhecimento científico: superação dos enganos da opinião (dóxa) e compreensão da natureza da mudança (alétheia).

·          Com esses conceitos diz-se que Aristóteles trouxe às ideias do céu de volta à terra (superação da metafísica platônica).

·          O Devir (movimento) é explicado por meio das noções de Substância (essência) e Acidente, de Ato e Potência, Matéria e Forma.

·          Para Aristóteles, todo ser tende a tornar-se atual a Forma que tem em si como Potência.

Exemplo: A semente quando enterrada, tende a se desenvolver e a se transformar na planta que é em Potência.

  A)    SUBSTÂNCIA: ESSÊNCIA E ACIDENTE.

·          Substância (em Aristóteles): reunião de dois mundos (sensível e inteligível).

·          Substância (definição conceitual): aquilo que é em si mesmo, suporte dos atributos (essência e acidente).

·          Essência: atributos que convém à substância.

·          Acidente: atributo circunstancial à substância.

Exemplo: A substância individual “esta pessoa” tem como características essenciais os atributos de humanidade – Aristóteles diria que a racionalidade é a essência do ser humano. Os acidentais são, entre outros: ser idoso ou jovem, gordo ou magro, alto ou baixo, atributos que não mudam o ser humano na sua essência.

  B)    POTÊNCIA E ATO


·          A Potência: é a capacidade de tornar-se alguma coisa, é aquilo que uma coisa poderá vir a ser.

·          O conceito aristotélico de Potência não deve ser confundido com força. Trata-se de uma potencialidade, a ausência de perfeição em um ser que pode vir a possuir essa perfeição.

·          O Ato: é essência (a forma) da coisa como ela é aqui e agora.

·          Para se atualizar (tornar-se Potência), todo ser precisa sofrer a ação do outro já em Ato.

·          Não se trata de uma atualização de uma vez por todas, porque cada ser continua em movimento, recebendo novas formas.

·          Os seres humanos nascem e morrem, o feto se transforma em criança e, na sequência, em adolescente, jovem e idoso.



  C)    MATÉRIA E FORMA

·          Além dos conceitos de Essência e Acidente, Ato e Potência, Aristóteles recorre às noções de Matéria e Forma.

·          Todo ser é constituído de Matéria e Forma, princípios indissociáveis.

·          Matéria: princípio indeterminado (átomo para Demócrito) de que o mundo físico é composto, é “aquilo de que é feito algo”.

·          Forma: “é aquilo que faz com que uma coisa seja o que é”; – a Forma é o princípio inteligível, a essência comum aos indivíduos da mesma espécie pela qual todos são o que são.

·          A Matéria é pura passividade e contém a Forma em Potência.



  D)    A TEORIA DAS QUATRO CAUSAS

 

Há quatro sentidos para a causa: Material, Formal, Eficiente e Final.  Tomando como exemplo uma estátua pensemos...

·          Causa Material: é aquilo do que a coisa é feita (o mármore).

·          Causa Eficiente: é aquela que dá impulso ao movimento (o escultor que o modela).

·          Causa Formal: é aquilo que a coisa tende a ser (a forma que o mármore adquire).

·          Causa Final: é aquilo para o qual a coisa é feita (a finalidade de fazer a estátua: a beleza, a glória, a devoção religiosa, etc.).



3ª DEUS: PRIMEIRO MOTOR IMÓVEL



·            Por conta da relação existente entre as coisas Aristóteles postula a existência de um ser superior e necessário, ou seja, Deus.

·          Se as coisas são contingentes – pois não têm em si mesmas a razão de sua existência -, é preciso concluir que são produzidas por causas exteriores a elas.

·          Conclui-se então que todo ser foi produzido por outro ser que também é contingente, e assim por diante.

·          Para não ir ao infinito na sequência de causas, é preciso admitir uma primeira causa, por sua vez incausada, um Ser Necessário (não contingente).

·          Por não ser movido por nenhum outro motor, o primeiro motor (Deus), é também um puro Ato (sem nenhuma Potência).

·          Deus é Ato Puro, Ser Necessário, Causa Primeira do todo existente.



OBS I: Para os gregos antigos, a matéria é eterna, portanto Deus não é o criador. Segundo Aristóteles, Deus não conhece nem ama os seres individualmente. Ele é puro pensamento, que pensa a si mesmo, é “pensamento de pensamento”. Por isso a teologia aristotélica é filosófica, e não religiosa.



OBS II: Como Deus pode mover sendo imóvel? Deus não é o primeiro motor como causa eficiente, mas sim como causa final: Deus move por atração, ele tudo atrai como “perfeição” que é.



RESUMO

·          Todo ser é uma Substância constituída de Matéria e Forma.

·          A Matéria é Potência, o que tende a ser.

·          A Forma é Ato.

·          O Movimento (Devir) é a Forma atualizando a Matéria, a passagem da Potência ao Ato, do possível ao real.

·          A teoria das Causas também complementa a explicação do movimento, que para Aristóteles é eterno.


Referencia:
Aranha, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia com textos: temas e história da filosofia: volume único. São Paulo: Moderna, 2012.

sábado, 29 de junho de 2013

TPM – O QUÊ É QUANDO?!


(DESBRAVANDO O UNIVERSO FEMININO II)

Por: Claudio Fernando Ramos, 29/06/2013. Cacau “:¬)

É sempre bom obedecer as recomendações!

Tá tudo bem! Não, não há problema algum!

Duas sentenças capciosas nos lábios de uma mulher com pouca ou, pior ainda, com muita TPM. Somos seres inteligentes (independente do gênero): homo sapien sapiens. Os princípios da lógica estão conosco, mesmo quando disso não temos a menor consciência. Queremos esclarecer o obscuro, externar as subjetividades, objetivar a abstração. Porém, todas essas qualidades, capacidades e desejos naufragam quando o contexto é o feminino e, para completar, estando naqueles dias. Quando formulares a primeira pergunta: o que é que você tem? Se a resposta for um: tá tudo bem! Mesmo que tudo (gestos, olhares, palavras...) diga que não. Tome cuidado! Não cometa o desvario de formula à mesma pergunta uma segunda vez. Caso você caia nesse erro, receberá aquilo o que te cabe e, certamente, aquilo o que não te cabe. Quando encontrares sua companheira nessa condição, o melhor caminho (não o único) é não ficar solícito demais, nem indiferente demais. Dê carinho e atenção, mas mantenha uma distância segura. Sucesso!

Siga essa tabela e sobreviva!


Encontraremos-nos para futuras dicas. Até lá, e sobreviva! Cacau “:¬)    

DESBRAVANDO O UNIVERSO FEMININO I



(DICAS PARA HOMENS ANGUSTIADOS)

Por: Claudio Fernando Ramos, 29/06/2013. Cacau “:¬)

Alguém já disse: a mulher pode tudo o que ela quiser, desde que pense como um homem.

Esse é um pensamento, a exemplo da maioria dos aforismos populares, pragmático, ou seja, onde o que se leva em conta é a utilidade da ação e não o seu significado. A mulher, como não é novidade para seu ninguém, é um ser simbólico, a maior parte de suas ações possui um (ou vários) sentido. A dificuldade é que para a maioria dos significados femininos, que são muitos e variados, ainda não existe, um livro que os traduza; deixando assim a maior parte das mulheres confusas e a totalidade dos homens perdidos. Sem nenhuma sombra de dúvida, nasce daí todo esse imbróglio relacional. 



Por isso não entendemos a frase acima como sendo apropriada para as mulheres viverem, nem, muito menos, para que os homens continuem a reproduzi-la. Recomendamos uma maior compreensão dos símbolos, referenciais e significados humanos. Quanto mais soubermos, maiores serão as probabilidades de darmos os passos certos. E, o que é melhor, deixaremos aos poucos a medíocre condição de perdidos, para assumirmos a digna e adequada condição de aprendizes. Cacau “:¬) 

Em breve nos encontraremos para outras dicas!   

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Perdidos na Noite


(Filosofia de Boteco)


Por: Claudio Fernando Ramos, 28/06/2013. Cacau “:¬)

A melancolía, lugar comum na vida de todo boêmio. Cacau ":¬)
Não é apenas a rotina diária que se mantém alterada na singular existência do boêmio. De forma análoga ao tempo biológico, seu universo psicológico é também anômalo; posto que, contrastando com os prazeres - ainda que fugidios e efêmeros, das noites passadas, sua alegria existencial nunca vem pelas manhãs.

A noite todos os gatos são pardos. Já dizia minha avó.
 Homenagem à: Barreto’s Bar, Tom Maior, Boteco do Arquivo Vivo, Pirão Bar, Beco da Lama, Seis em Ponto, Mercado de Petrópolis e o Boteco do Arlindo (esse apenas faz parte da minha imaginação)... Tudo isso porque hoje é sexta-feira!