segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

AOS CULTIVADORES DA HIPOCRISIA REAL E VIRTUAL



Por: Claudio Fernando Ramos, 09/12/2013. Cacau “:¬)

Meu amigo Lu Ribeiro.
 Esse é um país de contrastes! As razões  disso se dão, provavelmente, por conta de sua imensa extensão territorial (o quarto em terras contínuas – quinto, caso esse detalhe seja desconsiderado) e de sua heterogenia na constituição do seu belo povo. Mas, que contrastes são esses? Vários, dos mais diversos tipos e formas. Podemos começar pelo clima, quente demais no Norte/Nordeste e um pouco mais frio no Sul/Sudeste; em seguida podemos citar as crenças: católicos, protestantes, espíritas, candomblé, etc.; as etnias: negros, índios e brancos; os sotaques (uns mais prestigiados por conta de uma mídia centralizadora e outros mais criticados, pelo mesmo motivo dos primeiros)... E por aí vai. Esses contrastes não são ruins em si mesmos, porém, o mesmo já não pode ser dito sobre a forma como geralmente lidamos com eles. Essa forma, sem que tenhamos que descer aos pormenores, são quase sempre  perniciosas para toda nação. Esse jeito brasileiro de lidar com os fatos constituintes de sua origem e história  se assemelha a atitude do homem que, de frente para o mar, só olha sua nação de soslaio por cima do ombro. E é aí que todos, sem exceções, devemos prestar muita atenção! Poucos países conseguem ser mais hipócritas que o nosso! Vamos aos fatos:  se arguidos, “todos” são contra a legalização do aborto, porém somos um dos recordistas mundiais na prática (em nosso país esse é um problema de saúde publica); somos um povo pacífico e sem guerras, nossas casas possuem mais grades e trancas do que portas e janelas; somos cristãos e falamos muito sobre o amor (musicas e novelas), batemos recordes de violências nos lares, nas escolas e nas ruas;  se questionados, ninguém se define racista ou preconceituoso, mas todos afirmam que o país está cheio deles. Onde estão escondidos os racistas e os preconceituosos então? Devem ser os argentinos! Poderíamos discorrer ainda sobre os pretensos monogâmicos (santos do pau-oco); os cabelos bons e os cabelos ruins (aos cabelos não deveriam valer juízos de valor); os negros que se intitulam ou são intitulados morenos; os amarelos que se veem ou são vistos como brancos; porém, se fizéssemos isso, o infinito não seria suficiente. Diante dessa realidade nacional, devemos primar pela lucidez e não agir espalhafatosamente! Não é pelo que foi dito que o comentário de Lu Ribeiro recebe essa desnecessária importância, eu mesmo ouvi (ninguém me defendeu) e disse (ninguém se importou) coisas semelhantes varias vezes ao longo de minha vida, mas onde foi dito. Bendito/maldito mundo virtual, onde todos sabem de tudo, mas poucos dizem algo relevante! Os detratores dele (Lu Ribeiro) têm todo direito de ficarem chateados, principalmente os bairristas, porém não é com revanchismos baratos e passionais que se equaciona um problema que está muito longe de ser pontual e pessoal. Se é que isso pode ser considerado um problema. Pronto falei! Cacau “:¬)                         

SOBRE AS OPERADORAS DE TELEFONIA MÓVEL NO BRASIL



Por: Claudio Fernando Ramos, 09/12/2013. Cacau “:¬)



Quando alguém te liga tantas vezes para te oferecer “gratuitamente” alguma coisa (sorteios, prêmios, etc.), acredite, não e sem ônus. O bom senso nos ensina que o que e bom e de graça, todo mundo quer, portanto, se o que as operadoras oferecem aos usuários fosse realmente grátis, elas, certamente, desistiriam já na primeira ligação ou mensagem! Não se enganem: tarifas caras, serviços ruins, propagandas mentirosas e muita encheção de saco, isso e tudo o que elas têm para nos oferecer. Cacau “:¬)

OBS: Por dificuldades no teclado, os verbos sublinhados não foram acentuados.

O RIO DE JANEIRO DE “LUTO”: FLUMINENSE E VASCO REBAIXADOS


(Crônica Futebolística)
 
Por: Claudio Fernando Ramos, 09/12/2013. Cacau “:¬)


 Poucas coisas na vida se parecem tanto quanto duas conhecidíssimas instituições sociais: Clube de Futebol e Casamento. Um dia em alta (títulos/lua de mel) outro dia em franca derrocada (rebaixamentos/divórcios). Sem esquecer a violência, fruto da ignorância, orgulho e intolerância; realidades essas muito típicas das duas instituições - promovidas ora pelas torcidas organizadas, ora pelos jogadores e ora pelos dirigentes - já no casamento, a violência fica por conta, na maioria das vezes, da língua ferina da esposa emotiva e falastrona ou da covarde e dissimulada brutalidade física do esposo. Temos também uma conhecida e popular ingenuidade, muito corriqueira no âmago das duas instituições: quando tudo vai bem, todos teimam em esquecer as fantásticas e ao mesmo tempo frágeis diferenças pessoais (Isso é Besteira! Todo mundo é igual! Vamos comemorar! O importante é ser feliz! Etc.); quando tudo vai mal, elas surgem (as diferenças) como únicas culpadas (Deixe de ser assim! Burro! Troca logo de uma vez! Vê se me esquece! Etc.). Já vamos terminar, porém não seriamos justos se nos esquecêssemos de duas coisas muito importantes nesse contexto de semelhanças: primeiro, tudo aquilo que geralmente chamamos de amor (pelo clube ou pelo cônjuge), normalmente se resume a possessividade, arbitrariedade e desvairado ciúme; o que nos leva concluir que tanto em um, quanto no outro (torcidas e cônjuges), o que de fato prevalece e a passionalidade. Segundo, em um ponto fundamental, o casamento e o clube de futebol se diferenciam absolutamente: com aquele (casamento) é quase impossível se conviver até a morte (mesmo com juramentos diante dos clérigos); com este (clube de futebol) não se separa nem mesmo depois de morto, posto que, a bandeira do time do coração repousará serena sobre a última despedida, no derradeiro momento da partida de todo e qualquer verdadeiro torcedor.  Sou e serei Fluminense até morrer! Ficaremos bem na segundona, mesmo porque, nossa estadia por lá será temporária! Será mesmo? Cacau “:¬)       

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

O Conhecimento Científico





Um problema muito comum com o qual nos deparamos quando falamos sobre conhecimento científico é a visão deturpada que permanece na cabeça de muita gente: somente grandes gênios são capazes de fazer ciência. A ciência é vista como atividade de um pesquisador, geralmente imaginado como um cientista maluco, isolado do mundo, um CDF, um "nerd", que passa os dias trancafiado num laboratório, fazendo experimentos para descobrir alguma geringonça diferente das máquinas existentes. Vejam, por exemplo, a imagem do cientista nas revistas em quadrinhos: o modelo de cientista é o professor Pardal, ou nos programas infantis de TV, o cientista é representado pelo Dexter, com o seu laboratório mirabolante.

Ao lado dessa concepção de cientista existe uma outra não menos pior: a idéia de que todo mundo faz pesquisa científica. Virou moda. É muito comum se falar nas escolas, nas empresas, nos livros ... que hoje a grande solução dos problemas e o diferencial no perfil do profissional é a pesquisa. O aluno, o professor, o profissional, todo mundo deve ser um pesquisador. Muitas vezes, sem ser preparado para isso. Lembremos os famosos trabalhos, chamados de pesquisas, que nós fizemos na escola: o professor dava um tema e nós copiávamos dos livros e revistas, muitas vezes sem entender sequer o significado do que estava sendo transcrito. Hoje, a "pesquisa" mudou: algumas pessoas acham que basta "pesquisar" alguns sites e fazer uma boa montagem das informações disponibilizadas pelos recursos da tecnologia via Internet, a conhecida "cola virtual".

Gosto da idéia de que para se construir conhecimento científico é preciso ter inspiração e muita transpiração. Não precisa ser maluco ou nerd. Não precisa ser um sujeito especial, com rituais e espaços especiais. É necessário saber que conhecimento científico exige método de estudo e pesquisa. Portanto, é um conhecimento metódico. Método é caminho, é estrada para se chegar a algum lugar. Quem caminha sem definir o rumo, pode chegar a um lugar indesejado. Não se faz conhecimento científico como quem vai à feira. Não basta ler um ou outro livro. A leitura de vários livros acadêmicos sobre o assunto é algo indispensável para poder comparar, avaliar as diferentes idéias sobre a questão.

O conhecimento científico é um dos tipos de conhecimento usados por nós para estudarmos os acontecimentos, os fenômenos da natureza, os fatos sociais, o nosso organismo etc. de forma organizada, sistematizada e metódica. Enquanto o senso comum está baseado nas experiências cotidianas, sem aprofundamento e ligado aos dados captados imediatamente, sem reflexão, o conhecimento científico depende da organização metódica das informações e da interpretação desses dados.

No entanto, isso não significa que o senso comum seja um conhecimento sem valor e sem sentido. Pelo contrário, o senso comum tem um sentido vital muito grande. Ele é fruto de uma organização, mesmo que superficial e sem análise profunda, das idéias adquiridas no cotidiano das pessoas.

A ciência também se caracteriza por ter objetos específicos a serem pesquisados. Cada área do conhecimento científico (sociologia, biologia, geografia etc.) possui o seu objeto de estudo específico exatamente para aprofundar o máximo possível na sua pesquisa. A extensão da realidade é muito grande, o que leva cada ciência a escolher (definir) uma parte dessa realidade para ser seu objeto (questão) de estudo. Porém, hoje há uma tendência muito forte que busca interligar os conhecimentos científicos adquiridos para se evitar que cada ciência fique isolada. Os pesquisadores estão procurando trabalhar de forma conjunta para que as descobertas de uma área contribuam no aperfeiçoamento das outras áreas do conhecimento científico.

O importante em nossa reflexão sobre o conhecimento científico é o reconhecimento da necessidade de todo profissional ter uma sólida formação acadêmica. O conhecimento científico constitui uma base para o profissional agir conscientemente, sem achismos, sem preconceitos, sem decisões fundamentadas no "ouvi dizer". A sua prática será refletida e pesquisada continuamente, o que garantirá uma visão mais ampla da realidade vivida.


ASSIM PENSAMOS, POR ISSO DISCORDAMOS!


 Por: Claudio Fernando Ramos 29/11/2013. Cacau ":¬)
Essa imagem faz parte das redes sociais e seus besteiróis. Discordamos não da imagem, mas sim das palavras nela contida. Pois para essa árdua tarefa não existem heróis, basta que haja ética. Nesse caso, Joaquim Barbosa, pode tanto quanto qualquer um. Mais um detalhe, se os negros tivessem sido "libertos" por uma branca, o dia da consciência negra não seria comemorado em 20 de Novembro, mas sim em 13 de maio. Valeu Zumbi!!!! Assim pensamos! Cacau ":¬)

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Zeca Pagodinho



Por: Claudio Fernando Ramos 27/11/2013. Cacau “:¬)
1 – O início

“Tente ser uma pessoa de valor, não de sucesso”. (Einstein)
·         Zeca Pagodinho, nome artístico de Jessé Gomes da Silva Filho, (Rio de Janeiro, 4 de fevereiro de 1959).
·         Filho de Iréia e Jessé, Zeca nasceu em Irajá, suburbio do Rio. 
·         Desde pequeno passou a frequentar rodas de samba no Irajá, Del Castilho, Madureira...
·         O início de tudo foi o tradicional bloco Cacique de Ramos; sob o apoio de sua madrinha, Beth Carvalho.
·         Logo ganhou novo sobrenome, inspirado na “Ala do Pagodinho”, do Bloco Boêmios do Irajá.

2- A Vontade
A vontade é o que há de mais essencial no mundo; ela se manifesta em toda a natureza e nos corpos animais, independentemente de serem eles possuidores ou não da faculdade de razão. (Schopenhauer)
·          O artista, que começou sua carreira nas rodas de samba dos bairros subúrbio do Rio de Janeiro: Irajá, Del Castilho, Madureira...
·         No inicio dos anos 80, Pagodinho começa a se estabelecer como um versador de respeito.
·         Em parceria com o flautista e partideiro Cláudio Camunguelo, teve sua primeira música gravada: "Amargura".
·         A faixa entrou no repertório do segundo disco do grupo Fundo de Quintal, fundado em 1977 e originário do Cacique de Ramos.


·         A aproximação com o grupo acabou levando Zeca Pagodinho para perto de Beth Carvalho. Foi ela quem gravou seu primeiro sucesso: “Camarão que Dorme a Onda Leva", que ganhou até clipe no Fantástico.
·         A madrinha ainda gravou "Jiló com Pimenta" (Arlindo Cruz e Zeca).
·         Depois foi a vez de Alcione registrar "Mutirão do Amor" (Zeca, Sombrinha e Jorge Aragão) no LP "Almas e Corações", de 1983.
·          Suas músicas estouraram nas rádios e ganharam as ruas, e não há quem não saiba de cor um dos seus refrãos.
·          Tornou-se tão imensamente popular que seus shows chegam a ser contratados por cachês generosos, sendo realizados nas mais badaladas casas de espetáculo do país.

3 – A Fama
Dinheiro é como água do mar: quanto mais você toma, maior é sua sede. O mesmo se aplica à fama. (Schopenhauer)
·          Sempre fiel a suas características de irreverência e jocosidade, Zeca recebe também reconhecimento da crítica, de artístas, cantores e compositores consagrados.
·          Nei Lopes afirma que o sambista "é uma das poucas unanimidades nacionais, elevado ao patamar do mega-estrelato pop pelas gravadoras".
·          Em 2003, no auge de sua carreira, foi o primeiro artista de Samba a gravar um especial de TV, CD e DVD pela MTV Brasil (tradicional reduto do pop rock).
·          O Acústico MTV, gravado no Rio, foi um de seus discos mais vendidos, rendendo inclusive uma segunda edição em 2006 (a primeira da história da MTV Brasil).
·          O segundo acústico, batizado de Acústico MTV Zeca Pagodinho 2 - Gafieira, homenageou o samba de gafieira.


·          Os números respondem pelo sucesso: “Vida da Minha Vida”, seu disco mais recente, ficou entre os cinco mais vendidos do ano de 2010.
·          Além disso, coleciona 2 discos de diamante, 18 discos de ouro, 13 discos de platina e 6 discos de platina dupla.
·          Gravou mais de 20 discos e é considerado um grande nome do gênero samba e pagode e partido alto.
·          Em 2007, o cantor criou o selo ZecaPagodiscos, em parceria com o produtor musical Max Pierre, ex-diretor artístico da Universal Music no Brasil.

4 – O homem
As dificuldades são o aço estrutural que entra na construção do caráter.

·         A paixão por Xerém é antiga. Foi o lugar que Zeca escolheu para viver ainda em 1991.
·         O sítio se transformou em um espaço para fazer o que mais gosta: reunir os amigos, compor sambas, estar em contato com a natureza.
·         E em 1998, tornou-se a sede da escola de música para crianças. “Música é tudo. Quem tem música, tem boa cabeça”, afirma.


·         Durante uma entrevista recente, Zeca questiona sua imagem de artista, mostrando muita simplicidade, considerando-se uma pessoa 'normal' que bebe cerveja e pega ônibus.
·         A vida me levou para esse lado. Não me fiz artista, a vida me fez artista, se é que posso ser considerado artista". 
·         Zeca Pagodinho também comentou a respeito da internet e redes sociais, dizendo desconhecer a funcionalidade dos mesmos: "Não tenho nem idéia do que é isso. Agora é tanta coisa, é Orkut, é Facebook, que aporrinhação, meu Deus... Poderia ser uma coisa só!".
·         Finalizando a entrevista, quando questionado como se vê nos próximos 30 anos, Zeca cita a Velha Guarda da Portela e completa : "Quero continuar tomando um belezol (gíria para cerveja). Se eu ficar bacana, está tudo bem" - finaliza seguido de aplausos. 


5 – Fontes


http://www.musicaparamusica.com.br/post/zeca-pagodinho-mostra-simplicidade-em-coletiva/506